metropoles.com

Argentina anuncia medidas para incentivar consumo e combater inflação

Entre medidas anunciadas pelo governo da Argentina, estão abonos fiscais e pagamento de bônus extraordinários a trabalhadores e aposentados

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Angelica Reyes/Unsplash
Bandrira da Argentina tremulando - Metrópoles
1 de 1 Bandrira da Argentina tremulando - Metrópoles - Foto: Angelica Reyes/Unsplash

O governo da Argentina anunciou, no domingo (27/8), um pacote de medidas para incentivar o consumo, diminuir os efeitos da desvalorização do peso e combater a inflação, que ultrapassa 100% ao ano.

“O objetivo principal é que cada um dos setores da economia tenha, de alguma forma, o apoio do Estado”, afirmou o ministro da Economia, Sergio Massa, candidato do governo à Presidência da Argentina.

“A Argentina tem um empréstimo junto ao Fundo Monetário Internacional desde 2018, que forçou uma desvalorização da nossa moeda nos últimos dias, e a pior seca da nossa história, que prejudicou nossas reservas e contas, mas que também atingiu a economia de muitas famílias”, completou Massa.

Entre as medidas anunciadas pelo governo, estão abonos fiscais, pagamento de bônus extraordinários a trabalhadores e aposentados e a criação de um fundo de US$ 770 milhões para o financiamento de exportações.

O governo peronista de Alberto Fernández também decidiu eliminar alguns impostos sobre a exportação de produtos agrícolas com valor industrial agregado – como arroz, vinho e tabaco.

Sergio Massa anunciou, ainda, novas linhas de crédito com taxas subsidiadas para trabalhadores e bônus para aqueles que recebem ajuda alimentar, além de aposentados.

Novo aporte do FMI

Na semana passada, a diretoria executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou uma nova revisão do acordo com a Argentina, garantindo a liberação imediata de US$ 7,5 bilhões (o equivalente a R$ 36,7 bilhões).

O país da América do Sul, que enfrenta uma grave crise econômica, havia firmado com o FMI um programa de crédito que prevê o repasse de US$ 44 bilhões em 30 meses. Em troca, o Banco Central argentino aumentaria suas reservas internacionais e o governo se comprometeria a diminuir o déficit fiscal.

De acordo com o FMI, o total de desembolsos referentes a esse acordo inicial com a Argentina já chega a US$ 36 bilhões. Desde a retomada da democracia na no país, em 1983, já houve 13 acordos com o fundo.

Crise e eleição

Com uma inflação estrondosa, a Argentina enfrenta escassez de reservas monetárias internacionais, ao mesmo tempo em que há uma forte demanda por dólares.

O país, que está em pleno processo eleitoral para a sucessão do presidente Alberto Fernández, terá o primeiro turno das eleições no dia 2 de outubro. Caso nenhum dos candidatos alcance 45% dos votos válidos, haverá um segundo turno, marcado para 19 de novembro.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?