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Após perder enquete, Musk diz que só verificados votarão no Twitter

Elon Musk, novo dono do Twitter, convocou uma enquete para decidir se deveria seguir no comando da rede social, mas perdeu por 57% dos votos

atualizado

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Dimitrios Kambouris/Getty Images
O empresário e homem mais rico do mundo, Elon Musk. Ele usa smoking em evento, sorrindo e olhando para frente - Metrópoles
1 de 1 O empresário e homem mais rico do mundo, Elon Musk. Ele usa smoking em evento, sorrindo e olhando para frente - Metrópoles - Foto: Dimitrios Kambouris/Getty Images

O bilionário Elon Musk, dono do Twitter, anunciou ontem (19/12) em seu perfil que apenas perfis verificados  poderão votar em enquetes da rede social.

Desde novembro, não só contas oficiais e de pessoas públicas são verificadas. Qualquer usuário pode pagar US$ 8 (cerca de R$ 41) por mês e receber o selo azul. O serviço não foi lançado ainda no Brasil.

A mudança de discurso veio após o bilionário convocar uma enquete que, segundo ele, decidiria sua continuidade no comando do Twitter. O resultado foi que 57,5% das pessoas disseram que “sim”, que ele deveria sair do comando da companhia, ante 42,5% que responderam “não” à pergunta.

No total, 17,5 milhões de pessoas participaram do levantamento. No domingo (18/12), já diante de uma prévia desfavorável, ele tuitou: “Como diz o ditado: cuidado com o que deseja, pois pode conseguir”. Desde então, o bilionário não tocou mais no assunto da sua saída da presidência do Twitter.

A possível restrição de enquetes também foi anunciada por meio de uma mensagem em seu perfil. Em resposta a um usuário que sugeriu que apenas contas verificadas pudessem votar, o executivo disse: “bom ponto. O Twitter fará essa mudança”.

Não há previsão para que as restrições comecem a valer, nem para a chegada do serviço de compra de selo de verificação no Brasil.

Censura a jornalistas

A limitação para as votações é mais uma das polêmicas que Musk acumula desde que assumiu o Twitter, em outubro. Na semana passada, jornalistas que trabalham em alguns dos mais importantes veículos de comunicação dos Estados Unidos tiveram suas contas suspensas. A maioria deles vinha fazendo reportagens sobre Elon Musk.

A razão para a suspensão, vista como censura por usuários da rede, não foi divulgada. Muito criticado após a remoção das contas, Musk fez uma enquete no Twitter para perguntar aos seus seguidores se os perfis dos jornalistas deveriam ser restabelecidos imediatamente ou em uma semana.

Quase 59% dos 3,7 milhões de usuários que participaram da enquete votaram para que a suspensão fosse removida de forma imediata.

“As pessoas falaram. As contas terão agora a suspensão removida”, escreveu o bilionário em seu perfil. As contas dos jornalistas foram retomadas e estavam no ar, pelo menos até a tarde de terça-feira (20/12).

No domingo (18/12), o Twitter informou que removerá também contas criadas exclusivamente com o propósito de promover outras plataformas digitais. Nesse caso, enquadram-se redes como Facebook, Instagram, Mastodon, Truth Social, Tribel, Nostr e Post.

Liberdade de expressão

Quando comprou o Twitter, em outubro, Elon Musk tinha como principal argumento a defesa pela liberdade de expressão na plataforma. Naquele ponto, a rede social estava suspendendo contas que promoviam discurso de ódio ou desinformação.

Desde que assumiu o Twitter, tal política foi extinta. No entanto, a irrestrita liberdade de expressão prometida por Musk não parece valer para todos.

 

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