Após discursos de Lula e Haddad, dólar sobe e Bolsa cai
Às 10h33, o dólar avançava 1,22% e era negociado a R$ 5,34; Ibovespa recuava 1,68%, aos 107.890,01 pontos
atualizado
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No primeiro pregão do ano, o dólar abriu em alta e a Bolsa de Valores opera em queda, com os investidores repercutindo os discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao tomarem posse de seus cargos.
Às 10h33, o dólar avançava 1,22% e era negociado a R$ 5,34.
Na cotação máxima desta manhã até aqui, a moeda americana chegou aos R$ 5,36. Na mínima, o dólar ficou em R$ 5,29.
O dólar encerrou 2022 registrando uma queda acumulada de 5,32%, negociado a R$ 5,28 na quinta-feira (29/12), última sessão do ano passado.
Ibovespa
Principal índice da B3, o Ibovespa opera em queda nos primeiros minutos do pregão desta segunda-feira (2/1). Às 10h17, o indicador recuava 1,68%, aos 107.890,01 pontos.
Na máxima desta manhã até o momento, o Ibovespa foi aos 109,7 mil pontos. A mínima foi de 109,3 mil pontos.
O índice fechou o ano passado com alta acumulada de 4,68%, no patamar dos 109 mil pontos.
Por volta das 11 horas, as ações da Petrobras recuavam 6,29%, a R$ 22,96. Já os papéis do Banco do Brasil cediam 4,12%, para R$ 33,30.
Os investidores repercutem, neste início de semana, os discursos de Lula, no domingo (1º/1), ao tomar como posse como presidente da República, e de Fernando Haddad, nesta segunda, ao assumir o Ministério da Fazenda.
Lula voltou a criticar o teto de gastos, que classificou como “estupidez”, e falou no Estado como indutor do crescimento econômico. O presidente também defendeu uma nova legislação trabalhista e afirmou que, assim como ocorreu em seus governos anteriores, vai incentivar o consumo para alavancar a economia. As declarações causaram preocupação no mercado, assim como a decisão de prorrogar a desoneração dos combustíveis.
Haddad, por sua vez, prometeu entregar ao Congresso Nacional, ainda no primeiro semestre deste ano, uma proposta de um novo arcabouço fiscal “que organize as contas públicas no longo prazo”. “Que seja confiável e, principalmente, respeitado e cumprido. Se você se propõe a uma meta inalcançável, você não tem meta nenhuma. Se você não tem uma meta ambiciosa, você não motiva o país. É nesse equilíbrio que nós vamos exercer o nosso mandato”, afirmou o ministro.
“Sabemos da necessidade de colocar os indicadores econômicos no rumo certo. Um Estado forte não é um Estado grande e obeso, é um Estado que entrega com responsabilidade aquilo que está previsto na Constituição. Isso inclui a responsabilidade fiscal”, completou Haddad. A expansão fiscal é uma das maiores preocupações do mercado em relação à economia em 2023.