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Após dia de tensão com cenário interno, dólar opera em baixa

Às 10h10, o dólar recuava 0,13% e era cotado a R$ 5,29 na venda; na primeira hora de negócios, moeda chegou aos R$ 5,32 na máxima

atualizado

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O dólar abriu a sessão desta quinta-feira (15/12) em baixa, com os investidores ainda repercutindo mudanças na Lei das Estatais e especulações sobre os próximos nomes a serem anunciados pelo governo de transição na área econômica.

Às 10h10, a moeda americana recuava 0,13% e era cotada a R$ 5,29 na venda.

Na primeira hora de negócios, o dólar chegou aos R$ 5,32 em sua cotação máxima do dia até aqui. Na mínima, R$ 5,28.

Na véspera, em um dia de grande volatilidade e tensão nos mercados, o dólar terminou a sessão em baixa de 0,27%, negociado a R$ 5,30.

Com o resultado, a alta acumulada do dólar em dezembro é de 2,17%. No acumulado do ano, a queda é de 4,67%.

Mercadante e Lei das Estatais ainda no radar

Os investidores seguem se preocupando com a aprovação, pela Câmara dos Deputados, de um projeto de lei que tira um obstáculo à nomeação do ex-ministro Aloizio Mercadante para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A atual Lei das Estatais determina um prazo de espera – ou quarentena – de 36 meses para a indicação de pessoas que participaram de campanhas eleitorais para ocupar cargos em estatais. A lei veta a indicação nesse período para cargos de conselho de administração e diretoria dessas empresas. Mercadante foi coordenador da campanha de Lula à Presidência da República.

O projeto de lei aprovado na Câmara muda essa lei, diminuindo o prazo de espera para 30 dias.

BC aumenta projeção para inflação

A divulgação, pelo Banco Central (BC), das novas estimativas de inflação para 2022, 2023, 2024 e 2025 também vêm repercutindo no mercado nesta manhã.

De acordo com o BC, a inflação de 2022 deve ficar em 6% (ante 5,8% da estimativa anterior).

Para 2023, o índice foi revisto e passou de 4,6% para 5%. Em 2024, a inflação deve alcançar 3% (ante 2,8% da última projeção). Para 2025, o relatório do BC manteve a estimativa de inflação em 2,8%.

Juros nos EUA

Os investidores ainda repercutem a decisão do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, de desacelerar o aumento da taxa básica de juros da economia americana.

Em reunião encerrada nesta quarta, o banco elevou os juros em 0,5 ponto percentual, para um intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano.

A decisão representa uma diminuição no ritmo de alta dos juros americanos nos últimos meses. Nas três últimas reuniões do Fed, a taxa havia aumentado em 0,75 ponto percentual.

A decisão de “pisar no freio” e diminuir o ritmo do aperto monetário foi unânime. A desaceleração no avanço dos juros já vinha sendo debatida e era esperada pelo mercado.

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