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Após deflação em junho, IPCA volta a subir e fica em 0,12% em julho

No acumulado de 12 meses, até julho, a inflação oficial do país foi de 3,99%. No ano, a inflação acumulada é de 2,99%, de acordo com o IBGE

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1 de 1 supermercado inflação mercado - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,12% em julho deste ano, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (11/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado do mês passado indica que a inflação voltou a subir no país, após a queda de preços registrada em junho, quando o IPCA teve deflação de 0,08%. Deflação é a queda generalizada de preços de produtos e serviços, de forma contínua.

O resultado de julho interrompe uma sequência de meses em que a inflação desacelerou no país. Antes da deflação de junho, o IPCA havia ficado em 0,23% em maio. Em abril, em 0,61%. Em março, em 0,71%. Em fevereiro, em 0,84%.

No acumulado de 12 meses, até julho, a inflação oficial do país foi de 3,99%. No ano, a inflação acumulada é de 2,99%.

O resultado veio acima das estimativas dos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, previa inflação mensal de 0,07% e, no acumulado de 12 meses, um índice de 3,93%.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é 3,25%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.

De acordo com a última edição do Relatório Focus, do Banco Central (BC), o mercado projeta que a inflação termine 2023 em 4,84%, muito próxima do teto da meta definida pelo CMN.

Em 2022, o Brasil teve inflação acumulada de 5,79%. A taxa apurada ficou acima da meta estipulada pelo governo federal pelo segundo ano consecutivo.

Especialistas ouvidos pelo Metrópoles já esperavam que a inflação voltaria a subir no Brasil a partir do segundo semestre. O índice registrado em junho (deflação de 0,08%), segundo eles, deve ter sido o patamar mínimo do indicador em 2023.

Transportes puxam alta

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE em julho, cinco tiveram alta de preços. O maior impacto (0,31 ponto percentual) e a maior variação (1,5%) vieram de transportes, graças, principalmente, à alta da gasolina.

Do lado das quedas, os destaques ficam com os grupos de habitação (-1,01%) e alimentação e bebidas (-0,46%). Os demais grupos ficaram entre o -0,24% de vestuário e o 0,38% de despesas pessoais.

Veja a variação de todos os grupos pesquisados:

  • Transportes: 1,5%
  • Despesas pessoais: 0,38%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,26%
  • Educação: 0,13%
  • Artigos de residência: 0,04%
  • Comunicação: 0%
  • Vestuário: -0,24%
  • Alimentação e bebidas: -0,46%
  • Habitação: -1,01%
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Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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