Após deflação em junho, IPCA volta a subir e fica em 0,12% em julho
No acumulado de 12 meses, até julho, a inflação oficial do país foi de 3,99%. No ano, a inflação acumulada é de 2,99%, de acordo com o IBGE
atualizado
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,12% em julho deste ano, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (11/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado do mês passado indica que a inflação voltou a subir no país, após a queda de preços registrada em junho, quando o IPCA teve deflação de 0,08%. Deflação é a queda generalizada de preços de produtos e serviços, de forma contínua.
O resultado de julho interrompe uma sequência de meses em que a inflação desacelerou no país. Antes da deflação de junho, o IPCA havia ficado em 0,23% em maio. Em abril, em 0,61%. Em março, em 0,71%. Em fevereiro, em 0,84%.
No acumulado de 12 meses, até julho, a inflação oficial do país foi de 3,99%. No ano, a inflação acumulada é de 2,99%.
O resultado veio acima das estimativas dos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, previa inflação mensal de 0,07% e, no acumulado de 12 meses, um índice de 3,93%.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é 3,25%. Como há intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.
De acordo com a última edição do Relatório Focus, do Banco Central (BC), o mercado projeta que a inflação termine 2023 em 4,84%, muito próxima do teto da meta definida pelo CMN.
Em 2022, o Brasil teve inflação acumulada de 5,79%. A taxa apurada ficou acima da meta estipulada pelo governo federal pelo segundo ano consecutivo.
Especialistas ouvidos pelo Metrópoles já esperavam que a inflação voltaria a subir no Brasil a partir do segundo semestre. O índice registrado em junho (deflação de 0,08%), segundo eles, deve ter sido o patamar mínimo do indicador em 2023.
Transportes puxam alta
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE em julho, cinco tiveram alta de preços. O maior impacto (0,31 ponto percentual) e a maior variação (1,5%) vieram de transportes, graças, principalmente, à alta da gasolina.
Do lado das quedas, os destaques ficam com os grupos de habitação (-1,01%) e alimentação e bebidas (-0,46%). Os demais grupos ficaram entre o -0,24% de vestuário e o 0,38% de despesas pessoais.
Veja a variação de todos os grupos pesquisados:
- Transportes: 1,5%
- Despesas pessoais: 0,38%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,26%
- Educação: 0,13%
- Artigos de residência: 0,04%
- Comunicação: 0%
- Vestuário: -0,24%
- Alimentação e bebidas: -0,46%
- Habitação: -1,01%