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Após acordo de paz com Skaf, Josué recebe Haddad na Fiesp

Em nova tentativa de demonstrar força política em meio à crise interna na entidade, presidente da Fiesp recebe o ministro da Fazenda em SP

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1 de 1 Imagem colorida de Josué Gomes da Silva - Foto: Reprodução

Quatro dias após a divulgação de uma nota conjunta assinada pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, e seu antecessor no cargo, Paulo Skaf, para selar a paz em meio à crise política na instituição, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, será recebido nesta segunda-feira (30/1) na sede da Fiesp, em São Paulo.

Haddad será o convidado de honra de uma reunião da diretoria da federação – em mais uma tentativa de Josué, alvo de pequenos sindicatos patronais de oposição que recentemente aprovaram seu afastamento em uma assembleia, de demonstrar força política.

Há duas semanas, exatamente no dia em que teria o afastamento aprovado pelos opositores, o presidente da Fiesp recebeu o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, para uma reunião na entidade.

Além de Haddad, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, também participará da reunião. Pelo lado da Fiesp, o primeiro vice-presidente, Rafael Cervone, estará presente. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa, também tem presença confirmada.

A nota divulgada por Josué e Skaf na semana passada selou um acordo de paz entre os dois antigos aliados, que recentemente se afastaram. A maioria dos sindicatos patronais que aprovaram a destituição do atual presidente da Fiesp é ligada a Skaf.

“Decidimos usar toda a nossa energia, capacidade de liderança e de articulação para fortalecer a nossa entidade e impulsionar, a partir dela, o processo de reindustrialização do nosso país”, escreveram Josué e Skaf no documento.

“Trabalharemos juntos visando à contínua melhoria do funcionamento da nossa entidade e buscando atingir nosso propósito de impulsionar o desenvolvimento sustentável de nossa indústria e do nosso país. Conclamamos a todos que abandonem eventuais diferenças e se unam a nós nessa jornada, com a certeza que estamos fazendo o melhor pela Fiesp e pelo Brasil”, diz a nota.

Afastamento foi ilegal, diz defesa de Josué

Em assembleia realizada na Fiesp no dia 16 de janeiro, os sindicatos aprovaram, com 47 votos favoráveis, duas abstenções e apenas um contrário, a destituição de Josué da presidência da entidade. Antes do placar final, os sindicatos votaram, por 62 a 24, pela reprovação dos argumentos do empresário aos questionamentos sobre sua atuação na presidência da Fiesp.

Em entrevista ao Metrópoles, o jurista e ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, advogado de Josué, classificou a assembleia como “clandestina” e disse que ele deve ser anulada na Justiça. “Temos a intenção de requerer a nulidade da assembleia clandestina que foi feita de forma totalmente irregular em todos os sentidos, desde a convocação até o objeto dela”, afirmou Reale Júnior.

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