Após 4 meses de queda, confiança na indústria sobe em fevereiro
Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), da CNI, subiu 2 pontos entre janeiro e fevereiro; série negativa começou em outubro
atualizado
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O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), registrou crescimento em fevereiro deste ano, após quatro meses consecutivos de queda. Os dados serão divulgados nesta sexta-feira (10/2).
De acordo com o levantamento, o indicador subiu 2 pontos entre janeiro e fevereiro, de 48,6 para 50,6 pontos. O resultado interrompe uma série negativa que teve início em outubro de 2022.
Ao superar a marca dos 50 pontos, o índice mostra um cenário que passa de desconfiança para confiança na indústria.
Foram consultadas 1.372 empresas: 564 de pequeno porte, 482 de médio porte e 326 de grande porte. A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 7 de fevereiro.
Confiança para os próximos 6 meses subiu
A alta do ICEI se deve, principalmente, ao avanço do Índice de Expectativas, que subiu 4,1 pontos no período (para 52,9 pontos). Esse componente se refere à percepção dos empresários para os próximos seis meses em relação à economia e ao seu negócio.
O Índice de Condições Atuais, por sua vez, recuou 2,4 pontos (para 45,9), caindo abaixo da marca dos 50 pontos (o que indica desconfiança). O resultado mostra uma percepção de piora em relação às condições atuais da economia brasileira e das empresas.
Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, apesar da recuperação em fevereiro, a alta de dois pontos na confiança do empresário industrial não foi suficiente para reverter a queda acumulada de 14,2 pontos entre setembro de 2022 e janeiro de 2023.
“Mesmo assim, o resultado de fevereiro é muito importante, pois interrompeu a sequência de quedas significativas e, mais do que isso, mostra que o empresário voltou a ter confiança. Caso essas expectativas mais positivas se confirmem, a confiança tende a se fortalecer. A melhora no ânimo sugere uma disposição maior para investir e contratar”, avalia Azevedo.