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Apesar do PIB forte, dólar fecha em alta, a R$ 5,64

Resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano surpreendeu positivamente analistas, mas não segurou a alta da moeda

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O dólar à vista terminou a sessão desta terça-feira (3/9) com alta de 0,46%, valendo R$ 5,64. Já o Ibovespa estendeu as perdas pela segunda sessão consecutiva e fechou com queda de 0,411%, aos 134.353,48 pontos. Os números são resultado de um dia repleto de dados econômicos no Brasil e nos Estados Unidos.

Por aqui, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre deste ano, divulgado pelo IBGE, representou uma demonstração de força que não era esperada pelo mercado. O salto foi de 1,4% sobre o primeiro trimestre deste ano. Os analistas, contudo, estimavam um avanço de 0,9%.

Nos Estados Unidos (EUA), a volta do feriado do Dia do Trabalho foi marcada pela divulgação do PMI Industrial do mês de agosto, que avançou na comparação com julho, mas permaneceu, pela quinta vez consecutiva, abaixo de 50. Uma leitura do PMI abaixo de 50 indica contração no setor industrial norte-americano.

Além disso, as ações de tecnologia caíram fortemente e puxaram os índices de Nova York. S&P 500 recuou mais de 2%; Dow Jones caiu 1,5% e Nasdaq fechou com baixa de mais de 3%.

Avaliação do mercado

Analistas do mercado se surpreenderam positivamente com o PIB, mas frisaram que alguns “senões” no contexto econômico puxaram o dólar para cima. Entre eles, está o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, apresentado pelo governo Lula (PT) ao Congresso Nacional. O mercado não gostou principalmente da previsão de receitas extras de R$ 168,2 bilhões para fechar as contas da administração federal no ano que vem e seguiu repercutindo hoje.

Ainda sobre o PIB, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a indústria foi o setor econômico com o melhor desempenho entre abril e junho e considera que a alta de 1,8% do PIB industrial reflete um desempenho muito positivo do setor. A Indústria Extrativa foi o único segmento industrial que registrou queda no 2º trimestre frente o trimestre anterior, com recuo de 4,4%.

Segundo nota da CNI, o resultado do PIB “indica um viés de alta quanto à expectativa de crescimento da economia brasileira para 2024, que a entidade estima em 2,4%. Além disso, a CNI considera que a composição do crescimento do PIB no período tem características mais saudáveis em relação ao que foi visto no ano passado, pois o resultado é menos baseado na demanda externa e mais no avanço dos investimentos”

O posicionamento é semelhante ao da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Em nota, a entidade afirmou que a indústria de transformação tem sido favorecida pelo bom desempenho da categoria de bens de capital e bens de consumo e registrou que, no primeiro semestre do ano, houve um expressivo crescimento da produção de veículos pesados, como ônibus e caminhões. Já a categoria de bens de consumo tem sido impulsionada pela expansão da renda, com destaque para o crescimento da produção de máquinas, aparelhos e materiais elétricos da chamada “linha branca”.

Contudo, do ponto de vista estrutural, a entidade afirma que o setor continua enfrentando desafios e que espera uma acomodação da atividade na segunda metade do ano, em função do menor impulso fiscal e da manutenção da política monetária restritiva.

“Diante das surpresas positivas da atividade no 1º semestre, revisamos a projeção de crescimento da economia brasileira de 2,2% para 2,7% em 2024. Já para o PIB do estado de São Paulo, revisamos a projeção de aumento de 2,4% para 2,5% neste ano”, diz a nota da Fiesp.

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