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Americanas vai à Justiça para evitar despejo e corte de luz

Americanas pediu que o fornecimento de energia e internet em seus escritórios e lojas não sejam interrompidos, apesar de contas atrasadas

atualizado

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1 de 1 imagem colorida fachada loja americanas - Foto: Divulgação

A Americanas ingressou com um pedido de tutela de urgência para garantir o fornecimento de serviços públicos essenciais, como energia e internet, em sua rede de lojas e unidades empresariais.

O pleito, apresentado à 4ª Vara Empresarial, cita avisos de interrupção de fornecimento pela Enel (concessionária de energia de São Paulo) e pela Light (concessionária de energia do Rio de Janeiro). Segundo a varejista, a luz seria cortada já a partir do próximo mês.

As contas em atraso com essas prestadoras foram englobadas na recuperação judicial da Americanas e estão sujeitas à renegociação de débitos. As dívidas da varejista com a Enel somam R$ 442 mil. Já a dívida com a Light chega a R$ 919 mil.

No total, a varejista deve R$ 43 bilhões a cerca de 8 mil credores, entre bancos, fornecedores, funcionários e parceiros do marketplace. A empresa entrou em recuperação judicial no último dia 20/1 e terá 60 dias, a partir dessa data, para apresentar um plano de reestruturação e pagamento de dívidas.

A defesa da Americanas pede que, caso o fornecimento seja interrompido, as concessionárias sejam obrigadas a pagar uma multa diária de R$ 100 mil. A alegação é que o corte prejudicaria a atividade da empresa, dificultando o processo de reestruturação dos negócios.

Despejo

Além do pedido de garantia da prestação de serviços básicos, a defesa da varejista pede que os donos de imóveis (lojas, galpões e escritórios) alugados para a Americanas sejam impedidos de executar ações de despejo.

“(A Americanas pede que não seja permitido) o deferimento e a efetivação dos decretos de despejo sobre os imóveis locados pelas recuperandas, fundadas em inadimplemento de créditos sujeitos à presente recuperação judicial”, escreveram os defensores da Americanas.

Caso seja deferida, a decisão deve afetar o segmento de fundos de investimento imobiliários. No mês passado, um gestor de um fundo imobiliário que aluga para a Americanas um centro de distribuição na Bahia disse que os alugueis não estavam sendo pagos, e que o fundo buscaria a retomada do espaço e a locação para outra empresa.

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