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Americanas: relatório da CPI acusa ex-diretores e isenta acionistas

Parlamentares do PSol discordam das conclusões e afirmam que trabalham em um documento paralelo. Comissão deve encerrar trabalhos em 15 dias

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Deputado federal Carlos Chiodini (MDB-SC), relator da CPI das Americanas
1 de 1 Deputado federal Carlos Chiodini (MDB-SC), relator da CPI das Americanas - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Americanas, em curso na Câmara, o deputado Carlos Chiodini (MDB-SC), não irá propor indiciamentos. Ele indicará que os responsáveis pela fraude de R$ 20 bilhões da varejista foram os antigos diretores da empresa. Apontará ainda que não houve participação dos bancos, das auditorias ou do trio de acionistas de referência da companhia, formado por Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

Essas informações foram dadas por Chiodini (foto em destaque) ao jornal Valor Econômico. O relatório deve ser apresentado na próxima terça-feira (5/9). A previsão é que a CPI encerre os trabalhos na quinta-feira (14/8). A assessoria do deputado Tarcísio Motta (PSol-RJ) informou que ele e a deputada Fernanda Melchionna (PSol-RS) estão trabalhando num “voto em separado, num relatório em paralelo”.

Ambos discordam da inexistência de indiciamentos e do fato de os acionistas de referência não terem sido convocados a depor. Eles esperam pelo relatório final para verificar os detalhes o texto.

O relator disse que a convocação dos acionistas não foi pautada pelo presidente da comissão, o deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE). Havia, segundo Chiodini, uma divisão entre os deputados sobre se eles deveriam comparecer à CPI. Ele afirmou que a presença de integrantes do trio poderia “ser danoso para o mercado” de capitais e utilizada politicamente para tentar arrastar outras empresas do grupo para a investigação. Lemann, Sicupira e Telles são donos de negócios como a Ambev e a Kraft Heinz.

Carlos Chiodini afirmou ainda que vai sugerir três projetos para aprimorar a legislação e evitar futuras crises desse tipo. As propostas incluem a tipificação do crime de gestão fraudulenta, uma maior responsabilização e poder para as auditorias externas, além da criação do “programa de incentivo e proteção a relatos de informações interesse público”.

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