Americanas pode agrupar ações para que elas valham mais de R$ 1
Bolsa de Valores não permite que papéis sejam negociadas abaixo desse valor e alertou a varejista sobre o problema por meio de ofício
atualizado
Compartilhar notícia
A Americanas pode ser obrigada a reduzir o número de ações da empresa existentes no mercado. Isso porque a Bolsa de Valores (B3) só permite que um ativo seja negociado por um valor igual ou superior a R$ 1. Essa é a norma das “penny stocks”, como são chamados os papéis vendidos a preços muito baratos. E as ações da varejista estão cotadas abaixo desse patamar há dois meses.
Um ofício da Bolsa sobre o problema foi enviado recentemente à varejista. A redução do número de ações seria uma forma de valorizar cada unidade, fazendo com que a cotação se igualasse ou superasse R$ 1.
Em resposta à B3, a companhia informou que os “procedimentos da auditoria de suas demonstrações financeiras de 2021 e 2022 estão sendo concluídos e ela está se preparando para poder divulgá-las em breve”.
Além disso, a Americanas diz que está em fase avançada de negociação com os credores para chegar à versão definitiva do seu plano de recuperação judicial. “A depender da conclusão dos eventos acima descritos, esperados para ocorrer no curto prazo, é possível que as ações de emissão da Americanas voltem a ser negociadas em um patamar acima de R$ 1”, diz o comunicado.
Caso a cotação não volte ao nível exigido pela Bolsa, a companhia afirmou que estuda propor ao conselho de administração que encaminhe aos acionistas a proposta de agrupamento das ações, que deve ser deliberada em assembleia geral. Nesta quinta-feira (26/10), uma ação da Americanas valia R$ 0,78.