Americanas pede que Moraes mantenha proibida busca em e-mails
Em pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a Americanas pede que siga suspensa a busca em e-mails de executivos
atualizado
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Em novo pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Americanas reforçou o pleito para que seja mantida a suspensão da auditoria independente promovida pelo Bradesco nos e-mails de diretores, conselheiros e acionistas da empresa.
No mês passado, o banco obteve em decisões de primeira e segunda instância da Justiça de São Paulo o direito de nomear um perito independente para coletar mensagens trocadas por executivos da Americanas. O objetivo era apurar a responsabilidade pela maquiagem contábil de R$ 20 bilhões no balanço financeiro da varejista.
No último dia 16 de fevereiro, Moraes suspendeu as permissões dadas pelo Tribunal de Justiça paulista. O ministro do STF acatou o argumento apresentado pela defesa da Americanas de que a perícia nos e-mails poderia dar ao Bradesco acesso a mensagens trocadas por diretores e advogados da empresa, o que poderia o sigilo da defesa da varejista.
Em resposta à liminar concedida pelo magistrado, o banco defendeu que jamais houve “qualquer interesse em acessar os e-mails trocados” entre os advogados e a Americanas, para, como alegaram os representantes da varejista, ter acesso a “estratégias processuais”.
Os defensores da Americanas dizem, no pedido protocolado nesta sexta-feira (24/2), que advogados da empresa foram citados nominalmente pelo Bradesco ao repassar a lista de e-mails a serem checados para a Microsoft, empresa responsável por armazenar as mensagens da varejista.
A busca nos e-mails segue suspensa até que o Supremo avalie os argumentos apresentados tanto pela Americanas quanto pelo Bradesco.