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Americanas: Gutierrez construiu “patrimônio vultoso” com fraudes

Advogados da Lojas Americanas afirmaram, em petição enviada à Justiça, que ex-CEO da varejista está “alinhado” ao Bradesco

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Fachada da loja Americanas em brasília - Metrópoles
1 de 1 Fachada da loja Americanas em brasília - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A Lojas Americanas voltou, nesta sexta-feira (18/9), à carga contra seu ex-CEO Miguel Gutierrez nos autos de uma batalha judicial contra o Bradesco. Desta vez, a empresa afirmou que, “por anos”, o executivo “construiu um patrimônio pessoal vultoso, fabricando resultados fictícios às custas de credores, fornecedores, funcionários e acionistas”.

As afirmações foram feitas em uma petição enviada à Justiça para a suspensão de uma perícia nos e-mails dos executivos da Americanas — perícia feita pela Kroll em uma ação de produção antecipada de provas movida pelo Bradesco.

Na petição, os advogados da varejista, acrescentaram: “Houve alinhamento entre o Bradesco e o ex-diretor presidente da companhia (e principal suspeito e investigado pela fraude perpetrada, inclusive com notícias de delações premiadas que reconheceriam sua responsabilidade) para apresentar uma narrativa desconexa que (nem) sequer tem relação ou influiria na apreciação da presente exceção de suspeição.”

No início do mês, Gutierrez entregou ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) uma carta em que afirma que os acionistas da Americanas tinham ciência da situação crítica da empresa.

Em reação, a Americanas tem afirmado que o executivo está alinhado com o Bradesco, que tem usado a Justiça para obter e-mails internos e outras possíveis provas sobre a fraude.

A varejista alega que a Kroll e a banca Warde Advogados mantêm uma relação que a prejudicaria. O motivo é que a banca que defende o Bradesco usa a Kroll em outro processo, o da disputa entre o Magazine Luiza e o Kabum, cliente da Warde Advogados.

A banca de advocacia têm rebatido a acusação e afirmado que a Kroll já estava nos autos do processo do Kabum antes mesmo de ser contratada para o caso. Também lembra que a Krol foi a terceira agência escolhida pela juíza no caso da Americanas – outras duas recusaram o mesmo trabalho de perícia antes de a Kroll ser chamada.

Na semana passada, a Justiça de São Paulo atendeu a um pedido liminar da Americanas e suspendeu a perícia sobre os e-mails, na ação movida pelo Bradesco.

Em nota, a defesa de Miguel Gutierrez informou:

“Miguel Gutierrez nega veemente a participação em qualquer ato ilícito durante seu mandato na Americanas. A atual administração insiste em o acusar sem provas, no intuito de proteger os membros de seu conselho de administração e seus acionistas controladores. Miguel nega qualquer alinhamento com credores para prejudicar a companhia e se alinha, isto sim, ao lado daqueles que querem descobrir a verdade, tão somente. As reparações cabíveis contra as acusações falsas que lhe foram formuladas estão sendo buscadas nos foros próprios.”

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