Americanas fez reserva dos bancos contra calote crescer 25%, diz BC
De acordo com o Banco Central, caso da varejista contribuiu com “parcela relevante” do recuo da rentabilidade do sistema financeiro
atualizado
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De acordo com o Banco Central (BC), a “materialização do risco” do caso Americanas “contribuiu para uma elevação significativa das provisões dos bancos”. Em relação ao quarto trimestre de 2022, houve aumento de 25% nessas reservas, na comparação trimestral.
Esses recursos provisionados formam uma espécie de poupança das instituições financeiras para enfrentar uma eventual – e pesada – inadimplência de clientes, tanto pessoas físicas como jurídicas. Esses dados fazem parte do Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado nesta quarta-feira pelo BC.
Ainda na avaliação do BC, essas mesmas reservas contribuíram com “parcela relevante” para o “recuo” da rentabilidade do sistema financeiro no ano. “As provisões, contudo, absorveram a maior parte da materialização de risco e seguem adequadas, acima das estimativas de perdas esperadas”, apontou o Banco Central, no relatório.
O episódio da Americanas veio a público em janeiro, com a revelação de um rombo contábil estimado em R$ 20 bilhões pela empresa. A varejista, que está em recuperação judicial, tem dívidas totais de R$ 50 bilhões.
Segundo o BC, em 2022, os bancos e instituições financeiras registraram lucro de R$139 bilhões, um aumento de 1,6% em relação ao total acumulado no ano anterior.