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Americanas é motivo de rusga entre trio de bilionários brasileiros

Segundo fontes, Marcel Telles estaria decidido a deixar Americanas falir, enquanto Beto Sicupira tenta falar com bancos; Lemann está nos EUA

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Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Herrmann Telles em foto posada para lançamento de livro - Metrópoles
1 de 1 Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Herrmann Telles em foto posada para lançamento de livro - Metrópoles - Foto: Editora Sextante/Divulgação

O trio que foi, até pouco tempo atrás, a representação maior do empresariado brasileiro está rachado. A situação da Americanas, engolida por escândalo contábil e dívida de R$ 47 bilhões, dividiu opiniões entre Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.

A crise colocou em xeque a sociedade que vem desde os anos 70, em negócios como a Ambev, Kraft Heinz, Burger King e a própria Americanas. O desentendimento seria justamente sobre o que fazer com a varejista.

Interlocutores dizem que Marcel Telles, o sócio que esteve incumbido de cuidar da Ambev e de conduzir as negociações de aquisição que tornaram a cervejaria brasileira a maior do mundo, sob o guarda-chuva da AB Inbev, está decidido a não salvar a empresa.

“Os bancos estão pedindo que os sócios coloquem R$ 15 bilhões na Americanas, mas ela hoje vale menos de R$ 1 bilhão no mercado. O Marcel acredita que isso não faz sentido”, diz uma fonte.

Já Beto Sicupira, o sócio que esteve à frente da Americanas nas últimas duas décadas, foi empurrado para a mesa de conversas com os credores. Aos bancos, Sicupira teria oferecido um “empréstimo-ponte” (um DIP) de R$ 1 bilhão, com recursos do próprio bolso, para dar algum fôlego para a Americanas conseguir comprar mercadorias e seguir operando. A contrapartida exigida foi que os bancos colocassem outro R$ 1 bilhão na operação.

O problema é que os credores não estariam dispostos a entrar nem com “um tostão sequer” no DIP, segundo uma fonte ligada a um grande banco. Para piorar, o estilo “linha dura” de Sicupira não tem permitido que as negociações avancem.

O fio de esperança era que Jorge Paulo Lemann, o mais velho dos sócios e conhecido como o mais sensato dos três, chegasse para atuar nas negociações.

No fim de semana, circulou a notícia de que Lemann viria ao Brasil para conversar com credores. A expectativa foi reforçada pela chegada de Telles, que interrompeu um descanso na Ásia para aterrissar no país, ainda na semana passada.

De última hora, Lemann decidiu mudar de destino. De Zurique, na Suíça, onde mora, o bilionário teria ido para Nova York. Não se sabe se ele está nos Estados Unidos para tentar negociar com credores externos da Americanas, e se, após isso, ainda poderá vir ao Brasil.

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