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Americanas deve se reerguer, mas “não pode mais errar”, diz CEO

Novo CEO da Americanas, Leonardo Coelho Pereira, afirmou que a varejista é “resiliente” e elogiou o plano de recuperação judicial da empresa

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Geraldo Magela/Agência Senado
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1 de 1 leonardo-pereira-americanas-sergio-rial - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O novo CEO da Americanas, Leonardo Coelho Pereira, afirmou nesta terça-feira (28/3) que a varejista “não pode mais errar”, se quiser sobreviver.

As declarações foram dadas durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que trata da crise na companhia e dos motivos que levaram a um rombo contábil de R$ 20 bilhões na varejista, não detectado em auditorias.

A Americanas entrou em recuperação judicial e está mergulhada em dívidas de R$ 42,5 bilhões. “Não temos mais a capacidade de errar. A Americanas, depois da recuperação judicial, não pode mais errar”, afirmou Pereira.

Em relação ao plano de recuperação judicial apresentado pela Americanas, o atual CEO da empresa disse que a companhia tem possibilidade de superar a crise.

“Comparado aos demais planos de varejo brasileiro, é um plano muito melhor. É um plano que foi construído a várias mãos. Já teve a capacidade de reunir credores”, afirmou Pereira. “O que a Americanas propõe é reajustar aquele desbalanço que aconteceu nos seus demonstrativos financeiros. O que se faz é equacionar o montante de dívida que a empresa consegue pagar, diante da sua capacidade de geração de caixa.”

Segundo Pereira, “existe uma possibilidade de recuperação” da Americanas. “É um ativo resiliente, formado por 40 mil pessoas, que aguentou muita malcriação nesses últimos 45 dias. E continua gerando emprego e faturamento”, disse aos senadores.

Aos integrantes da CAE do Senado, Leonardo Coelho Pereira admitiu que a Americanas não tem “mais capacidade de levantar recursos pelo sistema financeiro”. “Com esse aporte dos acionistas de referência (R$ 10 bilhões, de acordo com o plano de recuperação judicial), temos uma estratégia para a Americanas continuar operando”, ressaltou. “Não tivemos demissões em massa nem encerramento de lojas em massa. Estamos tentando encontrar formas de recuperar o valor desse ativo.”

Além de Pereira, também foram convidados pela comissão Sérgio Rial, ex-CEO da Americanas; Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban); e João Pedro Nascimento, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Representantes da empresa que fez as auditorias da Americanas, a PwC, foram convidados, mas não compareceram à audiência.

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