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Americanas decide afastar toda diretoria para apurar rombo de R$ 20 bi

A Americanas anunciou, na noite de hoje (3/2), que decidiu afastar seis diretores e executivos para preservar a investigação contábil

atualizado

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1 de 1 imagem colorida fachada loja americanas - Foto: Divulgação

Todos os diretores da Americanas foram afastados formalmente dos cargos, segundo decisão da empresa comunicada ao mercado na noite desta sexta-feira (3/2).

O afastamento é parte do processo de investigação interna conduzido pela varejista. No mesmo comunicado em que anunciou a saída dos seis diretores e executivos, a Americanas informou que contratou o IBPTech, um instituto de perícia forense, a FTI Consulting, empresa que atuará na preservação de dados e mensagens eletrônicas que poderão servir como provas nos processos, e a Deloitte, consultoria contábil.

Os três diretores afastados são: Anna Christina Ramos Saicali, líder de inovação; José Timotheo de Barros, responsável pelas lojas físicas e Márcio Cruz Meirelles, responsável pelas vendas digitais. Já os três executivos afastados são: Fábio da Silva Abrate, executivo da área financeira; Flávia Carneiro, responsável pela controladoria e Marcelo da Silva Nunes, também ex-executivo da área financeira.

Alguns desses nomes estavam na Americanas há mais de 20 anos. Todos estiveram sob o comando de Miguel Gutierrez, ex-presidente da varejista que deixou o posto no final de dezembro do ano passado, quando foi substituído por Sergio Rial. Rial renunciou dez dias após tomar posse, na mesma data em que a Americanas informou o mercado sobre a existência do rombo contábil de R$ 20 bilhões.

Dos seis nomes afastados, dois já foram conselheiros das Lojas Americanas ou da B2W, empresas que se fundiram em 2021 para formar a Americanas. São a ex-diretora Anna Saicali e o ex-executivo Fábio da Silva Abrate.

Os diretores afastados são investigados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Ministério Público por terem vendido ações antes do escândalo vir à tona. Segundo revelou o Metrópoles com exclusividade, os executivos venderam mais de R$ 220 milhões em participação acionária ao longo de 2022.

Novo comando

Não foram indicados os substitutos dos nomes que estão sendo afastados. A empresa diz apenas que detectou ” lideranças internas e externas que darão continuidade aos negócios e às operações da Companhia”.

Os únicos executivos que permanecerão nos cargos serão o presidente internino João Guerra e a recém-nomeada diretora financeira Camille Loyo Faria.

Guerra era diretor de recursos humanos da Americanas até a saída de Rial e foi nomeado por ser o único diretor que não tinha atuação operacional. Já Camille era diretora da Tim e foi convidada em 17 de janeiro para substituir André Covre, CFO da Americanas que renunciou também após 10 dias da posse.

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