Americanas anuncia conclusão de acordo com bancos credores
O Safra foi o único que não concordou em assinar o compromisso, entre as grandes instituições financeiras para os quais a varejista deve
atualizado
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A Americanas divulgou fato relevante ao mercado nesta segunda-feira (27/10) informando ter concluído um acordo com um grupo de credores. As negociações terminaram na madrugada e ocorrem desde março. A conclusão do processo abre espaço para o avanço da recuperação judicial da companhia, iniciada em janeiro.
Entre os grandes bancos para os quais a varejista deve, o único que ficou fora do novo compromisso foi o Safra. As demais instituições financeiras que assinaram o documento detêm cerca de 35% da dívida total da empresa.
Por meio do acordo, tecnicamente chamado de PSA (sigla do inglês “Plan Support Agreement”), os bancos se comprometem a dar o aval ao plano que será votado na assembleia geral de credores (AGC), agendada pela companhia para o dia 19 de dezembro, em primeira chamada.
A principal mudança nas negociações foi exposta em um fato relevante divulgado ao mercado em 10 de setembro pela Americanas. O primeiro item do texto define que o trio de acionistas de referência da empresa, formado pelos bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, assumiu o compromisso de realizar um aumento de capital de curto prazo, em dinheiro, no valor de R$ 12 bilhões.
Isso quer dizer que eles vão colocar essa bolada na empresa em troca de ações. Desse valor, porém, deve ser descontado R$ 1,5 bilhão já aportado pelo trio sob a forma de empréstimo, dentro do processo de recuperação judicial da varejista. Ou seja, na prática, há R$ 10,5 bilhões em dinheiro novo.
Os bancos comprometeram-se em converter o mesmo valor (R$ 12 bilhões) de suas dívidas em ações da varejista. Outra parte da dívida será alongada com nova emissão de debêntures.