Amazon, Apple e Google são as marcas mais valiosas do mundo
Entre empresas brasileiras, Itaú avançou 93 posições, saltando do 335º para o 242º lugar, se consolidando como marca mais valiosa do país
atualizado
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Três gigantes de tecnologia aparecem nas primeiras colocações do ranking das marcas mais valiosas do mundo, divulgado pela consultoria britânica Brand Finance. A lista foi divulgada nesta quarta-feira (18/1), durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos.
A Amazon retomou a liderança do ranking, que havia perdido no ano anterior para a Apple. Apesar da primeira colocação, a companhia sofreu uma redução de 15% em seu valor de marca, de US$ 350,3 bilhões para US$ 299,3 bilhões.
Agora vice-líder, a Apple tem valor de marca avaliado em US$ 297,5 bilhões. Ela é seguida por Google (US$ 281,4 bilhões), Microsoft (US$ 191,6 bilhões) e Walmart (US$ 113,8 bilhões), que completam o top 5.
O TikTok foi um dos destaques do ranking, subindo do 18º para o 10º lugar, com valor de marca avaliado em US$ 65,7 bilhões.
Entre as 25 marcas mais valiosas do mundo, também aparecem o Facebook (que caiu do 7º para o 14º lugar) e o aplicativo de mensagens chinês WeChat (20º). O Instagram é o 26º colocado – no ano anterior, era o 47º.
Marcas brasileiras
Entre as empresas brasileiras, o Itaú avançou 93 posições, saltando do 335º para o 242º lugar, com uma valorização de 32%. A marca Itaú, a mais valiosa do Brasil, foi estimada em US$ 8,7 bilhões.
Bradesco (US$ 5,1 bilhões) e Banco do Brasil (US$ 4,9 bilhões) voltaram para a lista neste ano, em 465º e 481º lugares, respectivamente.
De acordo com a Brand Finance, o valor da marca é calculado com base em fatores que demonstrem o benefício econômico que seu proprietário obteria ao licenciá-la no mercado aberto.
A consultoria britânica também avalia a força da marca no mercado e seu desempenho em relação às concorrentes.
Em 2022, big techs enfrentaram crise
Apesar de dominarem a lista das marcas mais valiosas do mundo, algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo perderam, somadas, US$ 7,5 trilhões (quase R$ 40 trilhões) em valor de mercado em 2022 e viram suas ações desabar tanto no mercado internacional quanto na Bolsa de Valores brasileira, como mostrou reportagem do Metrópoles.
Segundo analistas, uma combinação de fatores ajuda a explicar o tombo das ações das big techs, entre 2021 e 2022. Entre eles, está o movimento global de aumento das taxas de juros da economia.
Com o arrefecimento da Covid-19, a explosão do consumo online diminuiu, o que também prejudicou o mercado de tecnologia. Foi justamente o boom durante a pandemia que provocou o crescimento exponencial dessas empresas. Ao que tudo indica, ele não era sustentável no médio e longo prazos.
“O exagero nas declarações na mídia e redes sociais e o peso de influencers e casas de análise que fizeram recomendações efusivas serviram de combustível para o aumento dos preços das ações em um cenário de euforia, excesso de liquidez e apetite por risco”, avalia Isac Costa, professor do Ibmec e especialista em tecnologia.
Em 2022, em meio à crise, as big techs tiveram de fazer demissões em massa e cortar departamentos, mergulhando em uma crise jamais enfrentada.