Alckmin anuncia queda de barreira dos EUA contra aço brasileiro
Afirmação foi feita em divulgação da balança comercial, que teve salto recorde em 2023. Para vice-presidente, exportação vai crescer em 2024
atualizado
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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou, nesta sexta-feira (5/1), em Brasília, que os Estados Unidos retiraram as restrições (direito antidumping) contra a exportação de tubos de aço brasileiros. Esses limites, observou Alckmin, resultaram em aumentos de 103,4% (valor da sobretaxa) dos preços das exportações nacionais.
“De vários países, só o direito do Brasil foi retirado”, afirmou Alckmin. “Essa é uma conquista importante que vai expandir as exportações do país. E esse foi o quarto direito antidumping retirado de 2022 para cá.” O limite estabelecido pelos EUA foi derrubado nesta quinta-feira (4/1) e vigorava desde 1992, de acordo com o MDIC.
As afirmações do vice-presidente foram feitas durante entrevista coletiva para a divulgação de dados da balança comercial brasileira, que registrou recorde de US$ 98,8 bilhões. O valor cresceu 60,6% em relação ao saldo de 2022, que havia ficado em US$ 61,5 bilhões, o maior número já registrado pela série histórica do indicador, iniciada em 1989.
Na coletiva, Alckmin destacou o que definiu como os “bons resultados da economia nacional em 2023”. Na lista, incluiu o crescimento de cerca de 3% do Produto Interno Bruto, a queda do desemprego, o aumento da Bolsa de Valores, a redução do risco Brasil, além de juros e do dólar. “Indicadores importantes que mostram avanços do primeiro ano do governo do presidente Lula”, disse.
Nesse contexto, que chamou de “boas notícias”, Alckmin incluiu os dados do comércio exterior. Ele destacou que, nesse campo, o país bateu recordes de volume e dinheiro arrecadado, apesar da queda do preço das commodities no mercado internacional. “A expansão foi dez vezes maior do que a média mundial em volume de exportações”, afirmou. “Isso ajuda a economia, nas reservas internacionais, é um saldo extremamente expressivo.”
Para o vice-presidente e ministro, as projeções para este ano também são positivas. “Neste ano que se inicia, a expectativa é de crescer ainda mais, com um novo recorde US$ 348 bilhões em valores para exportações”, disse. Em 2023, esse número ficou em US$ 339,7 bilhões.