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Aena paga por Congonhas em dinheiro e assume concessão do aeroporto

Com a mudança, Congonhas passa a ser de gestão privada. A Aena desistiu de pagamento com precatórios, encerrando novela sobre o caso

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Foto colorida de multisão de passageiros no saguão do aeroporto de congonhas - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de multisão de passageiros no saguão do aeroporto de congonhas - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

A operadora espanhola Aena passa a gerir de vez o aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP). A empresa desistiu do pagamento com precatórios que vinha tentando nos últimos meses e resolveu quitar a concessão em dinheiro.

Com o pagamento, entra em vigor um contrato assinado pelas partes em março, segundo publicado nesta terça-feira (6/5) no Diário Oficial da União pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O aeroporto deixará a gestão da estatal Infraero, que geria o terminal até então. Haverá agora um prazo de transição e apresentação de projetos até que a Aena assuma totalmente os terminais.

Congonhas é um dos dez aeroportos arrematados pela Aena em um leilão no ano passado.

Inicialmente, a Aena pagaria em precatórios metade da outorga, que é de R$ 2,45 bilhões. A outra metade seria paga em dinheiro. Com a mudança de estratégia, a espanhola optou por quitar totalmente o negócio em dinheiro, desistindo dos precatórios.

Os precatórios para pagamento da concessão haviam sido liberados por uma emenda constitucional de 2021. A Advocacia-Geral da União (AGU) revogou a portaria em março desde ano, o que levou ao imbróglio sobre a forma de pagamento da Aena. Membros do governo Luiz Inácio Lula da Silva ainda viam possibilidade de reverter a venda de Congonhas.

Congonhas é “joia da coroa” nas concessões

O aeroporto de Congonhas tem posicionamento estratégico no mercado de aviação brasileiro, sobretudo devido às viagens de negócios na chamada “ponte aérea Rio-São Paulo”. O aeroporto é o mais valioso dentre a lista de terminais que a Aena arrematou em bloco no leilão do ano passado.

Antes da pandemia, a Infraero estimava cerca de 600 voos por dia no aeroporto e mais de 600 mil passageiros diários.

A concessão de Congonhas faz parte de um processo de privatização dos terminais que vem sendo tocado desde 2011.

Mais de 70% do tráfego no Brasil já ocorre em aeroportos administrados pela iniciativa privada, fatia que deve aumentar com a efetivação da transação da Aena.

 

 

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