Ações do Bradesco despencam, mas Bolsa ainda opera estável

O Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores brasileira, opera próximo da estabilidade nas primeiras horas do pregão desta sexta-feira (10/2).

Às 10h30, o índice avançava 0,04%, aos 108.056,42 pontos.

O índice começou a engatar uma queda puxado, principalmente, pelo tombo das ações do Bradesco, que caem quase 7% nesta manhã (a R$ 12,90).

Na noite passada, o banco divulgou seu balanço do quarto trimestre de 2022: o lucro líquido recorrente foi de R$ 1,6 bilhão (75% menor do que no mesmo período do ano anterior).

Na véspera, o Ibovespa recuou 1,8%, fechando o dia no patamar de 108 mil pontos, com o mercado repercutindo fortemente – e de forma negativa – o possível aumento na meta de inflação do Brasil para este ano (de 3,25% para 3,5%).

Com o resultado de quinta-feira (9/2), o Ibovespa acumula queda de 0,45% nesta semana, de 4,75% em fevereiro e de 1,54% em 2023.

Nesta manhã, as ações ordinárias da Petrobras avançavam 1,67% (a R$ 29,76) e as preferenciais subiam 1,62% (a R$ 26,35%), segurando o índice próximo da estabilidade, apesar do derretimento do Bradesco.

Dólar

O dólar, que fechou em forte alta de quase 2% na quinta-feira, opera em baixa na última sessão da semana.

Às 10h45, a moeda americana recuava 0,32% e era negociada a R$ 5,262.

Na cotação máxima do dia até aqui, o dólar foi a R$ 5,309. Na mínima, caiu para R$ 5,250.

Os investidores seguem monitorando o embate entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Banco Central (BC). As críticas do petista à autoridade monetária fizeram o dólar subir nos últimos dias. Há preocupação no mercado em relação à possível mudança na meta de inflação para 2023.

O mercado também repercute o bom resultado do setor de serviços, que cresceu 3,1% em dezembro e 8,3% na comparação anual, segundo dados divulgados nesta manhã pelo IBGE.