Ações da WeWork desabam após empresa falar em “dúvidas” sobre futuro
Na terça-feira (8/8), papéis da WeWork caíram 17% e fecharam negociados a US$ 0,21. No pré-mercado desta quarta-feira (9/8), tombo é de 20%
atualizado
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A WeWork, startup que aluga locais de trabalho para outras empresas, fechou o primeiro semestre de 2023 com um prejuízo líquido de quase US$ 700 milhões (cerca de R$ 3,4 bilhões) e fez um alerta sobre sua própria capacidade de continuar em operação, o que assustou o mercado.
“Nossas perdas e fluxos de caixa negativos das atividades operacionais levantam dúvidas substanciais sobre nossa capacidade de continuar operando”, admitiu a empresa, em documento encaminhado à Securities and Exchange Commission (SEC), a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos.
De acordo com a WeWork, não estão descartadas possíveis vendas de ativos, além de redução das atividades comerciais.
As declarações da companhia mexeram com o mercado e derrubaram as ações da WeWork. Na terça-feira (8/8), os papéis desabaram 17% e fecharam negociados a US$ 0,21. No dia anterior, o tombo foi de 25%. As ações vêm sendo negociadas abaixo de US$ 1 há alguns meses.
No pré-mercado americano desta quarta-feira (9/8), os papéis da WeWork caíram 20%. No acumulado de 2023, as perdas são de 85%.
Anda de acordo com a WeWork, a meta para os próximos 12 meses é reduzir custos de aluguel, negociando contratos de locação mais favoráveis, além de aumentar a receita e captar novos recursos.
O alerta sobre a possibilidade de a WeWork encerrar suas atividades acontece meses depois de a empresa ter fechado um acordo com alguns de seus maiores credores e com o SoftBank. A dívida da companhia é estimada em US$ 1,5 bilhão.