Ações da Sabesp abrem em queda depois de privatização ser aprovada
Por volta das 10h30 desta quinta, as ações ordinárias da Sabesp recuavam 1,64% e eram negociadas a R$ 67,86. Neste ano, papéis acumulam alta
atualizado
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As ações da Sabesp abriram o pregão desta quinta-feira (7/12) operando em queda, no dia seguinte à aprovação da privatização da companhia no plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Como noticiado pelo Metrópoles, o projeto de lei foi aprovado com 62 votos favorávies e um contrário. Eram necessários, no mínimo, 48 votos dos 94 deputados para o texto seguir para a sanção do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defensor da proposta.
A sessão no Legislativo paulista foi marcada por um confronto entre a Polícia Militar (PM) e manifestantes que se opunham à privatização e tentaram impedir a votação no plenário.
Por volta das 10h30 desta quinta, as ações ordinárias da Sabesp recuavam 1,64% e eram negociadas a R$ 67,86.
Neste ano, já em meio aos rumores sobre a privatização, os papéis da Sabesp acumulam alta de 20%.
Próximos passos
O projeto foi enviado à Alesp em outubro e discutido e aprovado em 50 dias. O governador espera sancionar a lei que autoriza o estado a deixar de ser o sócio majoritário da Sabesp ainda neste ano, para começar 2024 já com conversas mais avançadas com investidores interessados na compra das ações da companhia.
Pelo cronograma do governo, a gestão tem até fevereiro de 2024 para finalizar a documentação e os contratos de venda da empresa, incluindo a determinação de qual será o valor de venda das ações, algo que ainda não foi divulgado pelo governo.
Na sequência, o planejamento inclui a realização de um roadshow, que é quando a proposta é apresentada a possíveis investidores antes que seja aberta uma oferta pública pelas ações da Sabesp.
Em abril, o governo Tarcísio pretende iniciar a venda das ações no modelo follow-on, buscando atrair um acionista de referência, mas mantendo uma golden share (“ação de ouro”, em tradução livre), o que concede ao governo o poder de veto a certas decisões pretendidas pelos controladores privados.
Atualmente, o governo estadual detém 50,3% das ações da Sabesp e espera, após a privatização, manter entre 15% e 30% de participação na companhia.