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Ações da Petrobras despencam mais de 6% e puxam queda da Bolsa

Por volta das 11 horas desta segunda-feira (2/1), as ações ordinárias da Petrobras caíam 6,17%, enquanto as preferenciais recuavam 6,04%

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Bolsa de valores sao paulo b3 queda
1 de 1 Bolsa de valores sao paulo b3 queda - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Em um dia de pessimismo generalizado no mercado brasileiro, as ações da Petrobras amanheceram em queda livre de mais de 6%, com os investidores tremendo mudanças na política de preços da estatal, que está vinculada à flutuação do valor praticado no mercado internacional.

O mercado também reprovou o despacho assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que determina a ministros de seu governo a retirada da Petrobras do processo de desestatização iniciado no governo de Jair Bolsonaro. A medida foi publicada na edição desta segunda-feira (2/1) do Diário Oficial da União.

Por volta das 11 horas desta segunda-feira (2/1), as ações ordinárias da Petrobras caíam 6,17%, enquanto as preferenciais recuavam 6,04%, cotadas a R$ 26,31 e R$ 23,02, respectivamente.

Em seu discurso de posse, Lula mandou um recado aos acionistas da Petrobras e de outras empresas estatais.

“Desorganizaram a governança da economia, dos financiamentos públicos, do apoio às empresas, aos empreendedores e ao comércio externo. Dilapidaram as estatais e os bancos públicos, entregaram o patrimônio nacional. Os recursos do país foram rapinados para saciar a cupidez dos rentistas e de acionistas privados das empresas públicas”, afirmou o presidente.

Os papéis do Banco do Brasil também registravam queda de 4,12%, para R$ 33,30. O Itaú Unibanco, por sua vez, perdia quase 4%, com ações negociadas a R$ 24,09.

As ações da São Martinho são as que recuam mais nesta manhã (-9,9%). Os papéis do Grupo Soma, que atua no varejo, também recuam fortemente (-7,3%).

O mercado ainda repercute a indicação do senador petista Jean Paul Prates (RN) para a presidência da Petrobras, que foi oficializada na sexta-feira (30/12), dia em que não houve pregão, assim como a decisão do governo de prorrogar a desoneração dos combustíveis.

Alinhado às teses de Lula e do PT em relação aos combustíveis, Prates é um crítico da política de preços adotada pela Petrobras, que está vinculada à flutuação do valor praticado no mercado internacional. Segundo o senador, os preços dos combustíveis devem ser tratados como “uma questão de governo, e não apenas de uma empresa de mercado”.

“A Petrobras se ajustará às diretrizes que o governo, como acionista majoritário, determinará”, afirmou o futuro presidente da companhia. “Quem define política de preço de qualquer coisa no país, se vai intervir ou não, se vai ser livre ou não, se vai ser internacional ou não, é o governo. O que está errado e a gente tem que desfazer de uma vez por todas é dizer que a Petrobras define política de preços de combustível. Não vai ser assim. Vai seguir a política do governo? Claro.”

Além da fala sobre a Petrobras, Lula voltou a criticar o teto de gastos, que classificou como “estupidez”, e falou no Estado como indutor do crescimento econômico. O presidente também defendeu uma nova legislação trabalhista e afirmou que, assim como ocorreu em seus governos anteriores, vai incentivar o consumo para alavancar a economia. As declarações causaram preocupação no mercado, assim como a decisão de prorrogar a desoneração dos combustíveis.

Haddad, por sua vez, prometeu entregar ao Congresso Nacional, ainda no primeiro semestre deste ano, uma proposta de um novo arcabouço fiscal “que organize as contas públicas no longo prazo”. “Que seja confiável e, principalmente, respeitado e cumprido. Se você se propõe a uma meta inalcançável, você não tem meta nenhuma. Se você não tem uma meta ambiciosa, você não motiva o país. É nesse equilíbrio que nós vamos exercer o nosso mandato”, afirmou o ministro.

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