Ações da Petrobras desabam quase 10% na Bolsa após demissão de Prates
No pregão desta quarta-feira (15/5), por volta das 10h50, as preferenciais apresentavam recuo de 7,73%. As ordinárias caíam 9,46%
atualizado
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As ações da Petrobras desabaram na Bolsa brasileira (B3) na manhã desta quarta-feira (15/5), depois da divulgação da demissão do presidente da estatal, Jean Paul Prates, que ocorreu na noite anterior. Por volta das 10h50, as ações ordinárias da companhia, que dão direito a voto em assembleias, recuavam 9,46%, cotadas a R$ 38,89.
Prates, que é senador pelo Rio Grande do Norte (RN), será substituído por Magda Chambriard. No governo Dilma Rousseff, ela foi presidente da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Esta não foi a primeira vez neste ano que os papéis da empresa sofreram um forte baque por causa da atuação do governo, o maior acionista da Petrobras. Em março, a estatal entrou na lista das 10 companhias que mais perderam valor de mercado em 2024, com queda de R$ 55,3 bilhões em um dia. Antes disso, ela figurava no topo do ranking oposto – no qual eram agrupadas as que registraram maior valorização.
A reversão do desempenho das ações ocorreu logo após a divulgação do balanço do quarto trimestre do ano passado. Em 2023, o lucro da estatal caiu 33,8% em relação a 2022. Ainda assim, ela alcançou o segundo maior lucro líquido de sua história.
O problema maior, porém, foi que o Conselho da Administração da companhia adiou a decisão sobre o pagamento de dividendos extraordinários de R$ 43 bilhões aos acionistas. A maioria dos conselheiros ligados ao governo vetou o repasse desses dividendos. Na ocasião, Prates balançou e quase caiu.