Ações da Hapvida desabam mais de 15% e entram em leilão
Hapvida emitiu comunicado dando conta de um possível aumento de capital, o que era descartado pelo mercado até então; Itaú vê cenário ruim
atualizado
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As ações da operadora de planos de saúde Hapvida operam com fortes perdas nesta quinta-feira (9/3) na Bolsa de Valores (B3).
No fim da manhã, os papéis da companhia desabavam mais de 15%, negociados a R$ 2,46, o maior tombo do pregão até o momento. As ações da Hapvida já entraram em leilão duas vezes em pouco mais de uma hora de sessão.
Quando entra em leilão, uma ação sai do pregão por um período determinado, mas não deixa de ser negociada. O que muda é a forma como os novos negócios envolvendo o papel são fechados.
A medida acontece de forma automática, como um instrumento para evitar que o valor da ação continue subindo ou caindo de forma vertiginosa.
O tombo da Hapvida no pregão desta quinta se deve ao comunicado emitido pela própria empresa dando conta de um possível aumento de capital por meio de emissão de novas ações, o que era descartado pelo mercado até então.
Em relatório, o Itaú BBA avalia que o cenário envolvendo a operadora é mais negativo do que o esperado inicialmente. Segundo os analistas do banco, as exigências regulatórias da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) limitam o volume de dinheiro que as operadoras podem utilizar para honrar suas dívidas.
A Hapvida, por sua vez, informou que “está constantemente avaliando oportunidades e alternativas para fortalecer sua estrutura de capital com sua base acionária, bem como com novos investidores, incluindo a possibilidade de emissão de novas ações em aumento de capital, o que dependerá de condições favoráveis de mercado e aprovações pelos órgãos sociais competentes”.
A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 316,7 milhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo o lucro de R$ 200 milhões alcançado no mesmo período de 2021.