Ações da Gol desabam após pedido de recuperação judicial nos EUA
Por volta das 12h30, os papéis da companhia aérea recuavam quase 14% (13,51%), a R$ 5,57, em meio a uma péssima reação dos investidores
atualizado
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No dia seguinte ao anúncio do pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, as ações da Gol negociadas na Bolsa de Valores do Brasil despencam nesta sexta-feira (26/1).
Por volta das 12h30, os papéis da companhia aérea recuavam quase 14% (13,51%), a R$ 5,57, em meio a uma péssima reação dos investidores.
Na véspera, as ações da Gol encerraram o pregão em baixa de 3,16%.
A Gol recorreu a um instrumento denominado “Chapter 15”, a Lei de Falências dos Estados Unidos. A regra permite às empresas captarem recursos e fazerem uma reestruturação financeira enquanto mantêm a operação.
A empresa iniciou o processo nos EUA com o compromisso de receber um aporte no valor de US$ 950 milhões, a ser feito por um acionistas da Abra, a holding controladora da empresa aérea e brasileira e da colombiana Avianca.
Para a companhia, esse investimento, em conjunto com o caixa gerado pelas atividades regulares da Gol, “fornecerá liquidez substancial para apoiar as operações”, que devem seguir normalmente.
O aporte de quase US$ 1 bilhão segue a modalidade de “debtor in possession” (DIP), um tipo de financiamento voltado para empresas em recuperação judicial. Ele supre a falta de fluxo de caixa da aérea para arcar com as despesas operacionais, enquanto a companhia está sob proteção judicial. O investimento precisa ser aprovado pela Justiça americana. O ingresso no Chapter 11 também necessita de aprovação do tribunal de Nova York.
De acordo com a empresa, o processo não trará alterações no funcionamento do Smiles, o programa de fidelidade da companhia, nem em acordos para voos compartilhados com outras empresas aéreas.
Com dívidas estimdas em R$ 20 bilhões, a Gol contratou a consultoria Seabury para renegociar suas dívidas. “A Gol vem empreendendo esforços significativos para oferecer a melhor experiência de viagem aos clientes, ao mesmo tempo em que melhorou sua lucratividade e posição financeira”, diz Celso Ferrer, CEO da empresa, no comunicado encaminhado ao mercado.