Ações da CVC desabam após renúncia de CEO
Papéis da operadora de turismo caíram 7,57% no pregão de quarta (24/5), na Bolsa de Valores, e mantiveram queda nesta quinta (25/5) de 3,56%
atualizado
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O CEO da CVC, Leonel Andrade, renunciou ao cargo de acordo com fato relevante divulgado pela companhia ao mercado na quarta-feira (24/5). A nota oficial afirma que Andrade vai se dedicar a assuntos pessoais. Para assegurar a continuidade das operações, o conselho de administração da empresa criou um comitê de transição, que será liderado por Sandoval Martins.
Após o anúncio, de acordo com dados da empresa TradeMap, as ações da CVC (CVCB3) registraram a maior queda no pregão de quarta, na Bolsa de Valores (B3). Elas caíram 7,57%. Nesta quinta-feira (25/4), os papéis recuavam 3,56%, cotados a R$ 2,71, por volta das 11 horas.
Andrade assumiu a presidência da CVC em 2020, dias depois de a operadora de turismo ter divulgado a descoberta de indícios de erro em sua contabilidade, com valores transferidos a fornecedores. O problema atingia a cifra de R$ 250 milhões, entre 2015 a 2019. A saída do CEO ocorre pouco depois da renúncia de Marcelo Kopel, ex-diretor financeiro da empresa.
No primeiro trimestre de 2023, a companhia reportou prejuízo líquido de R$ 128 milhões. O número melhorou em relação ao mesmo período de 2022, quando a CVC obteve um resultado negativo de R$ 166 milhões.
Para Heitor Martins, especialista em renda variável na Nexgen Capital, a renúncia ocorre num momento muito ruim para a empresa. “Ela estava passando por uma reestruturação, na tentativa de se adaptar às novas condições do turismo depois da pandemia”, diz. “Estudava, por exemplo, realizar uma emissão de ações para amortizar dívidas.”