Ações da CrowdStrike desabam na Bolsa de Nova York
Papéis da Microsoft também foram afetados pelo apagão digital e caíram antes mesmo da abertura do mercado de capitais nos Estados Unidos
atualizado
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As ações da CrowdStrike, a empresa global de segurança cibernética, caíram 12,83% na manhã desta sexta-feira (19/7) nas negociações realizadas antes da abertura da Bolsa de Nova York. A companhia está no centro do apagão cibernético global, que afetou os sistemas de computação em nuvem da Microsoft, cujos papéis também recuaram 2,06%.
Em uma postagem no X (ex-Twitter), o CEO da CrowdStrike Holdings, George Kurtz, disse que a empresa identificou a atualização que travou os sistemas Windows em todo o planeta. “Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético”, afirmou Kurtz. “O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada.”
De acordo com um alerta enviado pela Crowdstrike a seus clientes, um software da empresa, o Falcon Sensor, afetou o Windows da Microsoft, fazendo com que o programa travasse e exibisse sua conhecida “tela azul da morte”. A mensagem da empresa foi despachada às 2h30 (horário de Brasília) e especificava uma solução manual para corrigir o problema.
Reação em cadeia
O apagão digital provocou a interrupção de companhias aéreas, transportadoras, empresas de mídia e de telecomunicações ao redor do mundo. Muitas tiveram de interromper suas operações.
O setor de viagens foi um dos mais atingidos, com relatos de problemas em aeroportos de diversos países. Nos Estados Unidos, a American Airlines, a Delta Airlines, a United Airlines e a Allegiant Air suspenderam voos.
No Reino Unido, os sistemas de reservas do sistema de saúde ficaram fora do ar, assim como emissoras de notícias, como a Sky News. Bancos e outras instituições financeiras foram afetadas em países como a Austrália, a Índia e a África do Sul.