metropoles.com

Ações da Casas Bahia disparam após recuperação extrajudicial; entenda

Papéis chegaram a subir pouco mais de 20% e lideraram altas no pregão da Bolsa. Varejista quer negociar dívidas estimadas em R$ 4,1 bilhões

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação
Imagem de loja das Casas Bahia em um shopping, com funcionários atendendo clientes - Metrópoles
1 de 1 Imagem de loja das Casas Bahia em um shopping, com funcionários atendendo clientes - Metrópoles - Foto: Divulgação

As ações do grupo Casas Bahia dispararam no pregão da Bolsa brasileira (B3) na manhã desta segunda-feira (29/4). Os papéis da empresa registraram elevação de pouco mais de 20%. No início da tarde, subiam 18%. O movimento ocorreu depois que a varejista anunciou, na noite de domingo (28/4), que havia feito um pedido de recuperação extrajudicial.

Na B3, a escalada do preço das ações desta segunda representa uma forte reversão da trajetória dos papéis da companhia. Neste ano – e até a sessão de sexta-feira (26/4) –, eles anotaram queda de 52,2%, a maior baixa do Ibovespa.

No pedido de recuperação extrajudicial, a empresa mencionou dívidas de R$ 4,1 bilhões. Agora, ela quer reorganizar o perfil desses débitos que têm como principais credores o Bradesco e Banco do Brasil. Ambos os bancos já deram aval ao processo e, juntos, detêm 55% dos créditos devidos pela varejista.

Pontos positivos

Na avaliação de analistas, o plano de recuperação extrajudicial tem aspectos positivos – o que explica a euforia do mercado de capitais. Isso porque, entre outros pontos, ele preserva o caixa e amplia o fôlego da companhia para executar ajustes considerados necessários, como o fechamento de lojas e a redução do nível de estoques.

Na avaliação de analistas do Bradesco BBI, a “medida traz uma importante margem de manobra para os fluxos de caixa de curto e médio prazo”. Além disso, ela “diminui os riscos de preocupações com liquidez”. 

Especialistas do Safra também consideraram a operação positiva, mas ponderam que o alongamento da dívida vai aumentar o valor total dos juros. Eles passarão de R$ 971 milhões para R$ 2,397 bilhões, estima o banco. 

Economia com a proposta

De acordo com a Casas Bahia, a proposta de recuperação vai manter cerca de R$ 4,3 bilhões no caixa nos próximos quatro anos. O prazo médio da dívida sairá de 22 para 72 meses, com redução de 1,5 ponto percentual no custo médio, o “que representa uma economia de R$ 400 milhões no período”.

As dívidas que renegociadas serão financeiras. Com isso, segundo a empresa, o processo de recuperação extrajudicial não afetará clientes, fornecedores, vendedores e colaboradores. O pedido formalizado pela companhia na noite de domingo ainda precisa ser aprovado pela Justiça. 

Recuperação extrajudicial

A recuperação extrajudicial é diferente da judicial. Mais simples, ela permite que a empresa renegocie uma parte específica de suas dívidas com credores estratégicos. No caso das Casas Bahia, esses credores poderão converter parte da dívida em ações a cada três meses, entre o 18º e o 36º mês após a aprovação do plano de recuperação.

O pedido feito pela companhia não surpreendeu o mercado. Essa possibilidade já vinha sendo cogitada e ocorreu oito meses depois de a companhia ter anunciado o fechamento de 100 lojas e a demissão de 6 mil funcionários.

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?