Ações da Braskem estão entre as maiores quedas da Bolsa
Recuo dos papéis ocorre um dia depois do desabamento de parte da mina 18, que era operada pela empresa, sob a Lagoa Mundaú, em Maceió
atualizado
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As ações da Braskem operam entre as maiores quedas do Ibovespa, o principal índice de Bolsa brasileira (B3), nesta segunda-feira (11/12). O recuo ocorre um dia depois do rompimento de um trecho da mina 18, sob a Lagoa Mundaú, em Maceió (AL), que era operada pela petroquímica. Às 16h20, os papéis da empresa caíam 4,4%, cotados a R$ 16,85.
Em entrevista ao Metrópoles, a secretária da Fazenda de Alagoas, Renata Santos, afirmou que estudos recentes encomendados pelo governo estadual mostram que os danos provocados pela atividade da petroquímica na capital alagoana podem chegar a valores que variam de cerca de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões.
O mercado também faz contas para definir o quanto o problema socioambiental, que já resultou na remoção de 60 mil pessoas de cinco bairros de Maceió, pode afetar a venda da Braskem, cogitada desde 2019.
Fechamento dos poços
Em Alagoas, até 2019, a Braskem operava 35 minas de sal-gema, material usado na produção de PVC e soda cáustica. No ano anterior, foi constatado o afundamento do solo em regiões da capital alagoana onde ocorria a atividade de mineração. Desde então, a empresa traçou um plano para o fechamento definitivo de muitos desses poços de sal, chamados de cavidades.
A conclusão do plano está prevista para meados de 2025. Das 35 minas, nove receberam a recomendação de preenchimento com areia. Em cinco delas o trabalho foi concluído. Em outras três a atividade está em andamento. O problema atual concentra-se na mina 18, sob a Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange.