Acionistas pedem assembleia para mudanças em conselho da Oi
Acionistas da Oi querem a diminuição do número de membros e a destituição da atual diretoria do colegiado
atualizado
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Um grupo de acionistas da Oi apresentou um pedido de convocação de uma assembleia geral extraordinária, em até oito dias, para discutir possíveis mudanças no Conselho de Administração da companhia.
O requerimento foi apresentado pelos acionistas Tempo Capital Principal Fundo de Investimento, Victor Adler e VIC DTVM S/A, que detêm mais de 1% do capital social da empresa.
A Oi, que recebeu o comunicado na quarta-feira (25/1), afirma que os acionistas não apresentaram toda a documentação necessária para convocar a assembleia – como os nomes que o grupo pretende indicar para compor o conselho.
A empresa informa ainda que, assim que os requerentes complementarem o pedido com as informações que ficaram faltando, o Conselho de Administração convocará a reunião de acionistas.
O grupo solicita, entre outros pontos, a diminuição do número de membros do conselho (de nove para sete), a destituição da atual diretoria do colegiado e a eleição de novos membros com mandatos unificados de dois anos.
De acordo com dados da própria Oi, Victor Adler e VIC DTVM têm 8,24% das ações preferenciais da companhia.
Nos últimos dois dias, as ações da Oi registraram forte alta (cerca de 65%). Segundo a empresa, não há “fatos ou atos relevantes que em seu entendimento possam justificar possíveis oscilações atípicas no número de negócios e na quantidade negociada de ações da companhia, além daqueles amplamente já divulgados ao mercado”.
Recuperação judicial
Depois de mais de seis anos de negociações com credores, o processo de recuperação judicial da operadora de telefonia Oi foi finalmente concluído, em dezembro do ano passado.
De acordo com a Justiça, os credores não pagos durante o processo poderão continuar recorrendo judicialmente.
A Oi entrou com um pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio em 2016. Na época, a empresa devia mais de R$ 65 bilhões e as negociações com os credores não haviam avançado.
Em 2017, os credores aprovaram o plano de recuperação judicial, que acabou reduzindo os passivos em 40% por meio da conversão de dívidas em participação acionária na companhia.
Depois de seis anos, a dívida bruta da Oi diminuiu em quase três vezes, totalizando R$ 21,9 bilhões em setembro de 2022.