Ação da Gol derrete e aérea perde R$ 1 bilhão em valor de mercado
Essa perda foi registrada desde quinta-feira (25/1), quando companhia entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA
atualizado
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As ações da Gol lideraram, mais uma vez, as baixas na Bolsa brasileira (B3). Nesta segunda-feira (29/1), elas despencaram 33,11%, cotadas a R$ 3,96. A queda foi mais acentuada a partir das 16 horas. Por volta das 13 horas, o recuo era de “apenas” 12%. Ao longo do pregão, a negociação dos papéis foi interrompida diversas vezes.
De acordo com dados compilados pelo analista Einar Rivero, da consultoria Elos Ayta, a empresa aérea perdeu R$ 1,050 bilhão em valor de mercado desde a quinta-feira (25/1), quando pediu recuperação judicial nos Estados Unidos. Em um mês, entre 29 de dezembro de 2023 e esta segunda (29/1), essa redução no valor foi de R$ 2,1 bilhões.
Nesta segunda, a companhia aérea informou que encerrou o mês de dezembro com endividamento de R$ 20,176 bilhões. Além disso, o patrimônio líquido da empresa ficou negativo em R$ 23,3 bilhões ao fim do quarto trimestre, o que representou uma piora de 6% na comparação com o trimestre anterior.
Essas informações, ainda não auditadas, foram apresentadas pela companhia em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Elas anteciparam números do balanço do quarto trimestre de 2023, que serão apresentados à Justiça nos Estados Unidos.
Empréstimo liberado
Esses dados influenciaram negativamente os investidores e provocaram a forte queda dos papéis. Isso apesar de o tribunal americano ter liberado, também nesta segunda-feira, US$ 350 milhões em empréstimos para a empresa.
A quantia representa uma parcela de um financiamento dentro do processo de recuperação judicial, chamado no jargão de “debtor-in-possession” ou DIP, de US$ 950 milhões. O dinheiro está sendo desembolsado por detentores de títulos da Abra, controladora da brasileira Gol e da colombiana Avianca.