123 Milhas: CPI quebra sigilo bancário e convoca sócios da empresa
Medida foi tomada por integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito que investigam suspeita de pirâmides financeiras em diversas empresas
atualizado
Compartilhar notícia
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, em curso na Câmara dos Deputados, quer ver os dados bancários dos sócios e administradores da 123 Milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, e ouvi-los sobre a suspensão da emissão de passagens já compradas pelos consumidores. O colegiado aprovou, nesta quarta-feira (23/8), a convocação dos gestores e a quebra de sigilo bancário e fiscal da empresa e de seus sócios, que inclui, além de Ramiro e Augusto, Cristiane Soares Madureira do Nascimento. Não foi marcada a data da audiência.
O autor do requerimento aprovado na CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), disse que, em 2022, a 123 Milhas transformou-se na maior agência on-line de vendas de passagens aéreas e existe a preocupação de que o caso esteja configurado como um esquema de pirâmide financeira. “Além disso, da forma como foi apresentado pela empresa, a venda dos pacotes de viagem era feita sem que houvesse qualquer compromisso de arcar com a responsabilidade junto a seus clientes”, afirmou.
De acordo com a Agência Câmara, a CPI aprovou ainda a quebra dos sigilos bancário e fiscal da empresa e da Novum Investimentos Participações S/A e de seus sócios e administradores. O deputado Ricardo Silva (PSD-SP), que pediu a quebra dos sigilos, entende que a obtenção de informações detalhadas sobre a situação financeira da empresa é essencial para avaliar a capacidade da 123 Milhas em garantir reembolsos adequados e satisfatórios.
“Com base nas informações disponíveis até o momento e na necessidade de esclarecer os fatos, é imperiosa a quebra de sigilo bancário e fiscal da empresa 123 Milhas, bem como de seus sócios e administradores, a fim de que seja possível analisar detalhadamente as transações financeiras realizadas nos últimos meses”, afirmou Ricardo Silva.