Zuckerberg: “Meus dados também foram obtidos pela Cambridge Analytica”
O executivo está sob forte pressão na Câmara dos EUA nessa quarta, um dia depois de passar por uma audiência mais fácil no Senado do país
atualizado
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O presidente executivo (CEO) do Facebook, Mark Zuckerberg, revelou nesta quarta-feira (11/4) que está entre os 87 milhões de usuários da rede social cujos dados foram coletados pelo quiz This is your digital life, criado pelo pesquisador Aleksandr Kogan, e depois vendidos à empresa de inteligência Cambridge Analytica. A revelação ocorreu durante audiência do executivo na Câmara dos Deputados nos Estados Unidos, onde Zuckerberg enfrenta maior pressão do que na audiência realizada nesta terça (10) no Senado.
A informação foi revelada pelo presidente do Facebook ao responder pergunta da deputada Anna Eshoo, representante do Vale do Silício. É a primeira vez que o executivo menciona a coleta de seus dados pessoais pelo aplicativo.
Como à época de criação do aplicativo o Facebook permitia o acesso a dados pessoais de amigos, não é possível saber quantas pessoas conectadas ao perfil de Zuckerberg tiveram seus dados coletados também por Kogan. O número de amigos do executivo não é exibido em seu perfil no Facebook, somente o total de seguidores, ao contrário dos perfis comuns.Arrocho
Zuckerberg está enfrentando forte pressão na Câmara dos Deputados nessa quarta-feira, um dia depois de ele ter passado por uma audiência mais fácil no Senado norte-americano. Desde o início da sessão, os deputados têm sido bastante agressivos nas perguntas formuladas. Em vários momentos, o executivo se mostrou incomodado com os questionamentos.
Alguns deputados, para otimizar o tempo de quatro minutos de questionamento, pediram a Zuckerberg para que ele respondesse apenas sim ou não às perguntas – ele se mostrou visivelmente irritado quando isso aconteceu.
Em sua fala, a deputada Anna Eshoo afirmou que os “danos do Facebook à democracia são incalculáveis” e questionou o executivo se ele sente uma responsabilidade moral em construir uma plataforma para proteger a democracia. Ele respondeu apenas “sim”.