Zoológico do Reino Unido defende abate de leopardo-das-neves que fugiu
Animal de 8 anos aproveitou uma porta aberta para escapar e foi morto em 23 de outubro: espécie tem existência ameaçada
atualizado
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A notícia do abate de um leopardo-das-neves de 8 anos no Reino Unido deixou as redes em polvorosa. A morte de Margaash, como era chamado o animal, comoveu muita gente e gerou publicidade negativa para o Dudley Zoo, localizado em cidade homônima no centro-oeste inglês. Muitos questionaram se o uso de um dardo tranquilizante não teria sido a melhor medida.
Em nota, a instituição defendeu a atitude. “A eutanásia é e sempre será o último recurso. Todos os esforços para persuadir Margaash a voltar para a jaula falharam. Como o animal estava se aproximando de um bosque vizinho e estava anoitecendo, o veterinário acreditou que um dardo tranquilizador não seria a opção mais segura, dado o tempo que a droga leva para funcionar”, comentou o diretor do zoológico, Derek Grove.
Margaash fugiu de sua cela após o erro de um funcionário: ele deixou a porta aberta. O zoológico teria revisado suas normas de segurança após o incidente.
O leopardo-das-neves habita áreas de maiores altitudes na Ásia central e vive entre 15 e 18 anos na natureza. Em cativeiro, o animal pode viver até 25 anos. A espécie é classificada atualmente como vulnerável, ou seja, pode entrar em perigo caso não pare de ser ameaçada. A estimativa é que existam apenas 3 mil leopardos-das-neves adultos em seu habitat natural hoje em dia: a espécie é alvo de caça ilegal.