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1 de 1 Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky recebe a presidente da Câmara dos Estados Unidos em Kiev
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Durante visita surpresa a Kiev, na Ucrânia, neste domingo (1/5), a presidente da Câmara de Representante dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, se reuniu com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e declarou total apoio à Ucrânia. Pelosi é a primeira representante internacional de alto escalão a visitar o país de Zelensky desde a invasão russa.
Durante uma coletiva, ela foi questionada se o país governado por Biden está preocupado com a reação russa ao apoio americano dado à Ucrânia. Pelosi, que também visita o sudeste da Polônia e Varsóvia ao lado de uma delegação americana, respondeu que o governo norte-americano está preparado para dar ao país ucraniano todo o apoio necessário para acabar com a guerra.
“Deixe-me falar por mim. Não se deixe intimidar por valentões. Se estão te ameaçando, não recue”, disse a representante americana.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Em entrevista ao The Guardian, o congressista Jim McGovern, que acompanha Pelosi durante visita aos países europeus, afirmou que Putin deve ser responsabilizado pelas “linhas que cruzou”.
“Putin atacou hospitais e se envolveu em assassinatos em massa que foram documentados. A questão é se vamos responsabilizá-lo por seus crimes de guerra. Porque se não o fizermos, a probabilidade de ele ou outra pessoa fazer a mesma coisa aumenta”, comentou McGovern.
Durante a visita, Pelosi foi presenteada com a medalha da Ordem da Princesa de Olga por Zelensky, segundo ele por fortalecer os laços ucranianos e americanos, e agradeceu o apoio dos EUA no twitter.
Зустріч зі спікером Палати представників Конгресу США @SpeakerPelosi в Києві. Сполучені Штати є лідером потужної підтримки України в боротьбі з агресією РФ. Дякуємо, що допомагаєте захищати суверенітет і територіальну цілісність нашої держави! pic.twitter.com/QXSBPFoGQh
Além de elogiar a liderança de Zelensky, a representante americana afirmou, a um jornalista do The Guardian, que os EUA doaram US$ 13,6 bilhões para ajudar a Ucrânia e que isso “deixa os americanos orgulhosos”. Além disso, disse ainda que está em tramitação no parlamento norte-americano um projeto de lei que destinaria 33 bilhões de libras para o país ucraniano.