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Zelensky pede apoio e alerta: “Se a Ucrânia cair, a Europa também cai”

Pressionado pelo ataque à usina nuclear e pelos mais recentes bombardeios, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez novas declarações

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Volodymyr Zelensky
1 de 1 Volodymyr Zelensky - Foto: Reprodução/Telegram

Pressionado pelo ataque à usina nuclear e pelos mais recentes bombardeios russos, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez um novo pronunciamento, no qual condenou as investidas da Rússia. Ele, mais uma vez, pediu ajuda internacional e resiliência dos militares e da população de seu país.

Em declaração ao vivo nesta sexta-feira (4/3), Zelensky lamentou os contornos que a guerra tomou. “Hoje nossos homens estão em serviço: alguns como militares no Exército; alguns servindo como médicos, fazendo cirurgias; outros trabalhando para proteger as crianças e suas famílias. Esse é nosso coração, o coração da Ucrânia resistindo ao mal”, detalhou.

O presidente fez um comentário emocionado ao falar das vítimas. “Nossos cidadãos – adultos e crianças, dezenas deles – morreram sem saber por que, e sacrificaram sua vida pela independência de nosso país. Vamos saudá-los com o silêncio”, pediu, ao iniciar uma homenagem.

Zelensky voltou a cobrar protestos aos países da União Europeia. “Eu quero pedir que vocês não fiquem em silêncio, quero pedir que vocês saiam na rua e apoiem nosso país, apoiem nossa luta, e dizer que, se a Ucrânia não resistir, a Europa não vai resistir. Se nós cairmos, vocês caem. Então, por favor, não fiquem em silêncio, não façam vista grossa para isso. Saiam e apoiem a Ucrânia o máximo que puderem”, acrescentou.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

Ele concluiu: “Se nos ganharemos, e tenho certeza que ganharemos, será uma vitória de todo o mundo democrático, será a vitória da nossa liberdade, da luz versus as trevas, da liberdade contra a escravidão. E, se ganharmos, iremos florescer como a Europa, e a Europa irá florescer mais do que nunca com essa vitória maravilhosa da Ucrânia. Glória à Ucrânia”.

ONU e ataques

A declaração ocorreu enquanto o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) realizava uma reunião de emergência, após a Rússia cercar e bombardear a maior usina nuclear da Europa, na Ucrânia.

Os líderes iniciaram o encontro por volta das 13h40 desta sexta, pelo horário de Brasília. Os embaixadores estão preocupados com os riscos que esse tipo de ataque pode trazer, sobretudo em relação à radiação.

Enquanto a reunião acontece, novos bombardeios ocorreram. Sirenes dispararam em Odessa e em Kiev, capital e coração do poder do governo. O encontro para pactuar um possível cessar-fogo foi adiado.

Mapa regiões atacadas Ucrânia
Mapa ilustra os locais onde o país foi atacado

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