Zelensky diz ao Metrópoles que governo do Brasil é “pró-Rússia”. Vídeo
Volodymyr Zelensky voltou a criticar o posicionamento do governo Lula sobre a guerra e disse que o Brasil é “pró-Rússia”
atualizado
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Kiev – O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a criticar a postura do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diante da guerra no Leste Europeu e afirmou que o Brasil é “pró-Rússia”. A declaração aconteceu nesta quarta-feira (11/9), durante entrevista exclusiva ao Metrópoles, no Palácio Mariyinsky, em Kiev.
Zelensky revelou que esperava posicionamento mais enérgico de Lula, e não apenas uma “pacificação política”.
“Infelizmente, eu acredito que eles (governo do Brasil) apoiam a Rússia”, declarou Zelensky ao ser questionado ao falar do posicionamento do Brasil sobre a guerra. “Tive uma boa conversa com o presidente Lula e achei que ele me entendia. Fiquei grato por conhecê-lo, e eu fui muito aberto, absolutamente aberto. Achei que veria em sua experiência uma compreensão do que está acontecendo, e não apenas uma pacificação política.”
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De acordo com o líder ucraniano, os esforços brasileiros de tentar encontrar solução pacífica para a guerra são inúteis, pois Vladimir Putin – classificado por ele como um “assassino” – não dá sinais de que pretende dar um fim ao conflito.
A crítica de Zelensky contra Lula se soma a outros episódios de rusgas diplomáticas entre Kiev e Brasília.
Desde o início do governo Lula 3, o Brasil tem mantido postura de neutralidade em relação à guerra.
Além disso, o presidente brasileiro defende que negociações de paz envolvam os dois países em conflito, diferentemente do que tem acontecido nas últimas discussões.
Por sua vez, a Ucrânia enxerga a neutralidade do governo brasileiro como cumplicidade com as ações da Rússia, que invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro de 2022.
No início da semana, o chefe de gabinete de Zelensky cobrou visita de Lula à Ucrânia, para que ele possa ver o que acontece no país com seus próprios olhos. De acordo com Andrii Yermak, essa experiência poderia mudar a perspectiva e o posicionamento do presidente do Brasil em relação ao conflito.
Veja a íntegra da entrevista: