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Zelensky é aplaudido no Parlamento Europeu: “Provem que estão conosco”

Presidente Volodymyr Zelensky disse que União Europeia será “mais forte” com a Ucrânia e pediu para o povo ucraniano não ser abandonado

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Zelensky é aplaudido no Parlamento Europeu
1 de 1 Zelensky é aplaudido no Parlamento Europeu - Foto: Canal do YouTube do Parlamento Europeu

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu, nesta terça-feira (1º/3), para que os países da União Europeia “provem” que estão ao lado do povo ucraniano e que não abandone o país que tem sido palco de um conflito com a Rússia.

Durante discurso no Parlamento europeu, Zelensky disse que o bloco será mais forte com a Ucrânia. Na segunda-feira (28/2), o chefe ucraniano assinou um pedido oficial para que a Ucrânia seja incorporado ao bloco europeu.

A fala do político vem em um dia em que as forças russas chegam com mais força à Kiev, um míssil atingiu um prédio governamental em Kharkiv e o ataque a uma base matou 70 militares ucranianos.

“Estamos lutando pela nova sobrevivência e essa é a maior motivação de todas. E queremos ser membros igualitários da Europa. Nós acreditamos que, hoje, nós estamos mostrando quem somos. A União Europeia será mais forte conosco, isso é certo. Sem vocês, a Ucrânia será muito mais solitária”, discursou, em um telão, direto do Palácio do Governo, em Kiev, para Bruxelas.

Segundo ele, a Ucrânia “provou” que é da Europa. “Então, provem que estão conosco. Provem que vocês não nos abandonarão. Provem que vocês são de fato europeus e, então, a vida vai vencer a morte e a luz vai vencer a escuridão”, afirmou o presidente ucraniano. No fim do discurso, ele foi aplaudido de pé pelos membros presentes no Parlamento Europeu, em Bruxelas.

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Filho de pais judeus, Volodymyr iniciou na carreira artística aos 17 anos. Formado em direito pela Universidade Nacional Econômica de Kiev, Zelensky nunca chegou a atuar na área. Apesar de ter discurso forte e boa atuação no centro de conflitos, o atual presidente ficou conhecido pelo povo ucraniano após interpretar o personagem principal da série Servo do Povo
No programa ucraniano de sátira, Volodymyr interpretava um professor de história, com cerca de 30 anos, grosso e revoltado, e se tornou viral após fazer um vídeo contra a corrupção
O personagem, portanto, acabou se transportando para a realidade. Nas eleições da Ucrânia, o comediante recebeu 73% dos votos no segundo turno. Ele derrotou o então presidente, Petro Poroshenko
Inclusive, o partido político de Zelensky foi criado com base no programa de TV Servo do Povo. Durante a corrida presidencial, no entanto, o bacharel em direito foi visto com descaso pela oposição e com desconfiança no cenário internacional devido à sua origem fora da política
Surpreendendo a todos, ao assumir o governo do país, ele realizou mudanças inesperadas. Dissolveu o parlamento e prometeu manter o diálogo com a Rússia a fim de resolver os conflitos separatistas
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Volodymyr Olexandrovytch Zelensky dominou os noticiários mundiais devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Ator, comediante, roteirista e produtor, Zelensky é também presidente do país ucraniano desde 2019

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Filho de pais judeus, Volodymyr iniciou na carreira artística aos 17 anos. Formado em direito pela Universidade Nacional Econômica de Kiev, Zelensky nunca chegou a atuar na área. Apesar de ter discurso forte e boa atuação no centro de conflitos, o atual presidente ficou conhecido pelo povo ucraniano após interpretar o personagem principal da série Servo do Povo

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No programa ucraniano de sátira, Volodymyr interpretava um professor de história, com cerca de 30 anos, grosso e revoltado, e se tornou viral após fazer um vídeo contra a corrupção

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O personagem, portanto, acabou se transportando para a realidade. Nas eleições da Ucrânia, o comediante recebeu 73% dos votos no segundo turno. Ele derrotou o então presidente, Petro Poroshenko

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Inclusive, o partido político de Zelensky foi criado com base no programa de TV Servo do Povo. Durante a corrida presidencial, no entanto, o bacharel em direito foi visto com descaso pela oposição e com desconfiança no cenário internacional devido à sua origem fora da política

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Surpreendendo a todos, ao assumir o governo do país, ele realizou mudanças inesperadas. Dissolveu o parlamento e prometeu manter o diálogo com a Rússia a fim de resolver os conflitos separatistas

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Casado com Olena Zelensky e pais de dois filhos, atualmente Volodymyr está no centro da crise mundial

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Em 24 de fevereiro, colocou a Ucrânia sob lei marcial, que suspende uma série de direitos e dá mais poder ao governo para tomar decisões emergenciais exigidas por uma situação como a invasão de um país. Ele também anunciou uma coalizão militar internacional contra o presidente Vladimir Putin, após a Rússia invadir o país do Leste Europeu

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“Para defender a nossa soberania, cada cidadão da Ucrânia deve decidir o futuro de nosso povo. Qualquer pessoa com experiência militar que puder ajudar na defesa da Ucrânia deve se reportar aos postos militares”, ordenou

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Apesar da falta de experiência, Zelensky conquistou o respeito da maior parte do povo ucraniano e dos demais administradores do país

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“Terrorismo de Estado”

Mais cedo, durante pronunciamento em rede nacional, Zelensky comentou os ataques russos à Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. Durante a madrugada, um prédio do governo regional de Kharkiv foi atingido por um míssil. Segundo o jornal inglês The Guardian, o ataque foi uma tentativa de matar o governador de Kharkiv e sua equipe.

Para Zelensky, a Rússia cometeu um “terrorismo de Estado”. Ele pediu para que a comunidade internacional responsabilize o governo russo pelos ataques, que estão no sexto dia. O conflito é considerado a maior ofensiva militar registrada na Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial.

“É um terrorismo contra a cidade, terrorismo contra Kharkiv e contra o povo ucraniano. […] Isso é um terrorismo aberto e ostensivo. Não será perdoado e não será esquecido. Isso é um terrorismo estatal da Rússia. A Rússia é um país terrorista que tem que ser reconhecido oficialmente como tal. Pedimos a todos os países do mundo para reagir e reconhecer que a Rússia está fazendo um terrorismo e precisamos que ela seja responsabilizada em todos os tribunais internacionais”, declarou.

“O objetivo do terror é nos quebrar, é quebrar a nossa resistência. Eles estão chegando à nossa capital [Kiev], depois de passar por Kharkiv. E a defesa da capital é uma prioridade para o Estado. Em todas as cidades, a Ucrânia deve fazer tudo o que pode para interromper esse inimigo”, prosseguiu o ucraniano.

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