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Zelensky diz que 2ª feira terá “assassinatos deliberados” e pede ajuda

Presidente da Ucrânia divulgou vídeo reclamando do “silêncio” dos líderes ocidentais ao longo do domingo e disse que sanções não funcionaram

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Ucrânia diz que abateu avião Su-34, estrela da força aérea Russa (4)
1 de 1 Ucrânia diz que abateu avião Su-34, estrela da força aérea Russa (4) - Foto: null

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, usou as redes sociais no fim desse domingo (6/3) para reclamar do “silêncio” dos líderes ocidentais que o apoiam diante do que ele chamou de ameaça de “assassinatos deliberados” anunciados pelos invasores russos para esta segunda-feira (7/3).

“A Rússia anunciou oficialmente que amanhã [segunda] bombardeará nossas indústrias, empresas estatais, nosso complexo militar”, disse o presidente ucraniano, em vídeo.

“A maioria [das indústrias] foi construída décadas atrás, pelos soviéticos, e estão no meio de áreas urbanas. Milhares de pessoas trabalham nesses locais, centenas de milhares moram nas proximidades. Isso é assassinato deliberado, e não ouvi reações de nenhum líder mundial hoje. Nenhum líder ocidental reagiu a esse anúncio. Os agressores anunciam suas atrocidades planejadas porque há silêncio”, reclamou Zelensky.

Veja trechos, com legendas em português, do último vídeo divulgado pelo presidente ucraniano.

“A ameaça mostra que as sanções não foram suficientes, que eles não sentiram. Prometeram-nos corredores humanitários, mas só há corredores de sangue”, completou Zelensky, que lembrou, no discurso, que o último domingo antes da quaresma é um dia de perdão, mas que ele não pretende dar isso aos russos. “Hoje é domingo do perdão. Mas não podemos perdoar as centenas e centenas de vítimas. Nem os milhares e milhares que sofreram. E Deus não perdoará. Não hoje. Não amanhã. Nunca. E em vez de perdão, haverá julgamento”, concluiu o mandatário da Ucrânia.

Guerra entra no 12º dia

Domingo, o 11º dia de guerra russa contra a Ucrânia, ficou marcado por mais uma falha na tentativa de cessar-fogo para o deslocamento de moradores em áreas atingidas pelos combates. Em muitos locais, civis estão presos, como na cidade de Mariupol, sem água, luz e aquecimento.

Ucranianos acusam a Rússia de não respeitar o acordo e bombardear áreas residenciais, o que teria impedido a retirada de civis da zona de conflito. Já os separatistas acusam a Ucrânia de não respeitar o cessar-fogo entre os dois países. Essa foi a segunda tentativa de retirar civis da região. A primeira, também frustrada, foi no sábado (5/3).

Um bombardeio da Rússia também deixou oito civis mortos numa área que deveria ser de corredor humanitário, em Irpin, nas proximidades de Kiev. Soldados ucranianos estavam na área próxima a uma ponte neste domingo para ajudar a transportar a bagagem de civis e crianças. No entanto, morteiros foram disparados, e uma família morreu, incluindo uma mulher e duas crianças.

A explosão ocorreu nesse domingo, quando as pessoas tentavam atravessar uma estrada logo após a passagem da ponte.

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