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1 de 1 Presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, em meio à autoridades do governo e primeiros-ministros tcheco e polonês. Ele olha para o lado e usa traje esportivo em cor militar - Metrópoles
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Tropas russas controlam a parte norte de Kiev, capital ucraniana e coração do poder. A informação foi confirmada pelo presidente do país, Volodymyr Zelensky, em discurso na noite desta segunda-feira (28/3).
“As tropas russas controlam o norte de Kiev, têm recursos e mão de obra. Eles estão tentando restaurar as unidades destruídas”, admitiu em pronunciamento.
O líder ucraniano afirmou que Chernihiv, Sumy, regiões de Kharkiv e Donbas, no sul da Ucrânia, vivem uma situação “tensa , muito difícil”.
Antes da fala de Zelensky, autoridades locais afirmaram que o Exército russo perdeu mais espaço no território ucraniano. As tropas já não controlam mais a cidade de Irpin e áreas periféricas de Kharkiv e Kiev.
Nesta segunda-feira (28/3), o prefeito de Irpin, Oleksandr Markushyn, anunciou a retomada do controle total da cidade, que fica a poucos quilômetros de Kiev.
“Temos boas notícias hoje: Irpin foi libertada. Entendemos que haverá mais ataques à nossa cidade, e vamos defendê-la corajosamente”, comemorou.
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, também anunciou que o Exército ucraniano retomou o controle de áreas do subúrbio da cidade.
O governo ucraniano afirma que as forças de segurança reconquistaram o controle da área de Mala Rogan, na periferia de Kharkiv, a segunda maior cidade do país.
Na sexta-feira (25/3), o Pentágono, órgão de defesa dos Estados Unidos, afirmou que o Exército russo perdeu o controle da cidade de Kherson, a primeira que foi tomada pelas tropas do presidente Vladimir Putin. A Rússia não comentou a afirmação.
Segundo o Pentágono, os ucranianos estão lutando para retomar a região estratégica geograficamente. As informações foram divulgadas por agências internacionais de notícias.
No começo do mês, tropas russas invadiram Kherson, no Mar Negro, no sul da Ucrânia. Eles tomaram o controle da estação ferroviária e do porto.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Mariupol em colapso
A prefeitura de Mariupol, no sul ucraniano, afirma que a invasão russa causou a morte de 5 mil civis. A região está sitiada há mais de 20 dias.
Nesta segunda-feira (28/3), o prefeito da cidade, Vadym Boichenko, disse que o Exército russo “prendeu” milhares de moradores de Mariupol sem energia e com poucos suprimentos.
Segundo autoridades locais, 90% dos prédios foram danificados, e 40%, destruídos, incluindo hospitais, escolas, creches e fábricas. Cerca de 140 mil pessoas fugiram da cidade. “A situação continua difícil. As pessoas estão além da linha de catástrofe humanitária”, denunciou Boichenko.
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