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Washington ameaça aumentar sanções contra o Irã após ataque a Israel

A secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, afirmou que Washington “não hesitará” em reforçar as sanções contra o Irã

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Imagem colorida mostra sistem de defesa antimísseis em Israel - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra sistem de defesa antimísseis em Israel - Metrópoles - Foto: Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images

A secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, afirmou nesta terça-feira (16/4) que Washington “não hesitará”, juntamente com seus aliados, em reforçar as sanções contra o Irã após o ataque a Israel. Novos anúncios neste sentido poderiam ser feitos “nos próximos dias”, acrescentou.

“O Tesouro não hesitará em trabalhar com os nossos aliados para usar o nosso poder de sanções para continuar a perturbar as atividades maliciosas e desestabilizadoras do regime iraniano”, alertou a responsável pela Economia e Finanças do governo Joe Biden. “Espero que adotemos sanções adicionais contra o Irã nos próximos dias”, declarou Yellen.

Falando em uma conferência de imprensa no início de uma série de reuniões do FMI e do Banco Mundial, Janet Yellen destacou que “as ações do Irã ameaçam a estabilidade da região e podem trazer impactos econômicos”.

Na noite de sábado para domingo, Teerã lançou um ataque direto ao território israelense em resposta a outro ataque mortal atribuído a Israel contra o consulado do Irã em Damasco.

Desde a chegada de Joe Biden à Casa Branca, em janeiro de 2021, “nós visamos mais de 500 indivíduos e entidades ligadas ao terrorismo e ao financiamento do terrorismo pelo regime iraniano” e aos vários movimentos ligados a ele na região, especificou a secretária do Tesouro. Yellen detalhou que as ações tinham como alvo principalmente “os programas de drones e mísseis do Irã e o seu financiamento ao Hamas, aos Houthis, ao Hezbollah e às milícias iraquianas”.

Yellen insistiu, contudo, que as sanções tomadas contra o Hamas não devem impedir que a ajuda chegue aos habitantes de Gaza, assegurando que o Tesouro faz questão de “garantir que as sanções não impeçam a ‘ajuda vital'”.

Ela destacou que “em Gaza, toda a população – mais de dois milhões de pessoas – enfrenta uma insegurança alimentar aguda e a maior parte da população foi deslocada”. A americana continuou afirmando que “cabe a todos nós aqui presentes nestas reuniões fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para pôr fim a este sofrimento”, implorou.

Guerra na Ucrânia

Além disso, conforme anunciou na segunda-feira (15/4) um funcionário do Departamento do Tesouro, Washington pretende aproveitar as próximas reuniões do FMI e do Banco Mundial para avançar no projeto que consiste em utilizar os ativos congelados da Rússia para armar a Ucrânia e reconstruir o país.

“Continuamos trabalhando com os nossos parceiros internacionais para desbloquear o valor econômico dos ativos soberanos russos retidos e garantir que a Rússia pague pelos danos que causou”, disse Janet Yellen. “Temos a reunião do G7 nesta quarta-feira (17) e espero continuar essas discussões. Estamos olhando uma série de possibilidades”, acrescentou ela.

As reuniões da primavera (no Hemisfério Norte) do FMI e do Banco Mundial, como são chamados esses encontros, começaram nesta terça em Washington e irão durar uma semana.

Em um comunicado publicado nesta terça-feira por seu gabinete, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, afirmou que Teerã responderá de forma “severa” a “qualquer ação” de Israel contra “os interesses do Irã”.

Leia mais matérias no RFI, parceiro do Metrópoles.

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