Turquia bombardeia posições curdas na Síria pelo segundo dia consecutivo
Unidades turcas abriram fogo contra combatentes curdos neste domingo (14/2), na região norte do país
atualizado
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Forças turcas bombardearam posições da principal milícia curda – Unidade de Proteção Popular (conhecida como YPG) – no norte da Síria pelo segundo dia consecutivo, provocando a condenação do governo sírio, cujas forças avançam contra insurgentes na mesma região, sob a cobertura de ataques aéreos russos.
De acordo com a agência estatal turca Anadolu, unidades da artilharia do país abriram fogo contra combatentes curdos na cidade síria de Azaz, na província de Alepo. E Ancara parece cada vez mais desconfortável com os recentes ganhos do grupo no norte da Síria.
“a Turquia respondeu a sua própria maneira no passado”, disse o vice-premiê da Turquia, Yalcin Akdogan. “A diferença não é que a Turquia respondeu de tal forma, mas o fato de que há diferentes movimentos na região. A YPG atravessando para o oeste do Eufrates, na linha vermelha turca”.
A YPG é uma importante aliada da coalizão liderada pelos Estados Unidos que combate o Estado Islâmico. A Turquia, que também faz parte coalizão, considera o grupo um afiliado do Partido Trabalhista do Curdistão, ou PKK, que promoveu décadas de insurgência contra Ancara.
Recentemente, uma coalizão de combatentes sírios liderada por curdos – conhecida como Forças Democráticas Sírias – tomou o controle de vários vilarejos nas proximidades da fronteira curda Ancara parece preocupada de que eles possam alcançar o reduto de oposição em Azaz, onde fica a maior fronteira controlada por militantes desde 2012.
De acordo com Adogan, o avanço no norte da Síria, facilitado pela ofensiva apoiada pelos russos na mesma região – também estão colocando pressão em áreas controladas pelos oposicionistas em Alepo e cidade de Tel Rifaat.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, um grupo oposicionista que monitora o conflito, disse que dois combatentes do SDF – uma coalizão de combatente árabes e curdos – foram mortos e sete outros foram feridos no bombardeio.