Sobreviventes relatam pânico e correria em ataque no metrô de Londres
Peter Crowley estava no trem no momento da explosão. “Havia uma bola de fogo sobre minha cabeça”, contou o homem, que teve o cabelo queimado
atualizado
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Passageiros que estavam na estação de metrô de Parsons Green, no sudoeste de Londres, narraram pânico e tumulto após a explosão que feriu pelo menos 23 pessoas nesta sexta-feira (15/9), em um vagão do transporte da capital inglesa.
“Senti uma bola de fogo sobre a minha cabeça, que queimou meu cabelo, no alto. Vi um senhor com o rosto bastante queimado e muitas pessoas em choque”, contou Peter Crowley, que falava ao telefone no momento em que ouviu estrondo ao lado da porta do vagão do metrô em que estava. O homem acrescentou, no relato à rede britânica BBC, que todos os passageiros buscaram as saídas do trem.
Crowley postou seis fotos de sua cabeça e seu cabelo queimado no Facebook.
Emma Stevie, 27 anos, entrava no metrô quando o artefato, que estava em um balde no interior de uma sacola plástica, estourou. “Ouvi muitos gritos e as pessoas diziam ‘corre’, ‘corre'”, relatou. “Havia pessoas sendo esmagadas, numa grande pilha humana. Eu me encaixei ao lado de uma grade e fiquei na posição fetal. Fiquei repetindo ‘eu vou ficar bem, eu vou ficar bem'”, contou a mulher, que não se feriu.A mulher avistou um menino com machucado na cabeça e outras pessoas feridas. “A brigada de incêndio estava nos dizendo para voltar à plataforma, mas ninguém voltou”, acrescentou. Na parte externa da estação, passageiros choravam, em estado de choque, sentados na calçada.
Richard Aylmer-Hall, 53, também estava no metrô onde houve a explosão. Ele narrou que viu pessoas pisoteadas enquanto tentavam fugir da estação. O homem contou que uma mulher na plataforma disse ter visto “uma sacola, um clarão e… bum”.
Atentado
A explosão foi registrada nesta sexta-feira em um vagão do metrô. Segundo informações preliminares, houve correria, pânico e 23 pessoas ficaram feridas com queimaduras no rosto. A polícia trata o incidente como terrorismo.
A estação fica no bairro de Wimblendon. Pelo menos seis ambulâncias estão na região. O departamento de transportes anunciou, na rede social Twitter, que a circulação está interrompida entre as estações de Wimbledon e Earls Court.
“Estamos atendendo a um incidente em Parsons Green. A estação foi fechada”, informou a Polícia de Transportes de Londres. Equipes especializadas em desarmar bombas estão neste momento em várias estações e trens do metrô de Londres em busca de pistas sobre uma explosão que causou pânico a passageiros mais cedo.
O comissário adjunto da polícia metropolitana de Londres, Mark Rowley, informou que a explosão foi causada por um equipamento caseiro improvisado. A TV estatal britânica BBC informa que a detonação ocorreu por meio de um timer, um aparelho temporizador de contagem regressiva.
A polícia armada também está na Parsons Green (Fulham), onde o incidente teria começado. A estação faz parte da District Line, conhecida como linha verde, e é uma das mais movimentadas da cidade.