Protestos contra governo Maduro matam 100 pessoas na Venezuela
Três pessoas morreram em meio a manifestações desde o início da greve geral no país, na quarta-feira (26/7)
atualizado
Compartilhar notícia
A Venezuela entrou nesta quinta-feira (27/7) no segundo dia de greve geral, convocada pela oposição ao governo de Nicolás Maduro, com três mortes durante o primeiro dia de paralisação. Com isso, o número de pessoas que perderam a vida em meio às manifestações antigovernistas subiu a 100, de acordo com levantamento da Associated Press.
Nesta quinta-feira, o Ministério Público confirmou a morte de Enderson Caldera, de 23 anos, após ter sido ferido por um disparo, em Timotes, estado de Mérida. Além dele, um adolescente, de 16 anos, foi ferido durante um protesto em Petare e um homem, de 30 anos, também morreu em Mérida.
Os protestos contra o governo, que já duram mais de cem dias, deixaram ao menos 100 mortos e 1,5 mil feridos em solo venezuelano. O número supera amplamente os registros das manifestações de 2014. Naquele ano, contabilizou-se 43 mortos e 800 feridos.Voos
A companhia aérea colombiana Avianca antecipou para esta quinta a suspensão dos seus voos saindo e chegando da Venezuela, que inicialmente valeria a partir de 16 de agosto, perante a delicada situação no país vizinho, informou a empresa. A informação é da Agência EFE.
“Devido a limitações operativas e de segurança registradas nas últimas horas, a Avianca se vê na obrigação de suspender a partir de hoje suas operações na Venezuela, e não a partir de 16 de agosto como estava previsto”, afirmou a companhia aérea em comunicado.
A Avianca havia anunciado na quarta-feira (25) que, por “dificuldades operacionais”, em meados de agosto suspenderia os voos entre Bogotá, na Colômbia, e Caracas e entre Lima, no Peru, e a capital da Venezuela, pondo fim a mais de 60 anos de operações nesse país, mas o agravamento da crise levou a antecipar essa medida.
“Isto inclui o fechamento da venda de passagens nas rotas que conectam Caracas com Bogotá e Lima”, acrescentou a empresa no comunicado.
Segundo explicou a companhia aérea, na quarta-feira (26/7), a medida “se sustenta na necessidade de adequar vários processos aos padrões internacionais, melhorar a infraestrutura aeroportuária na Venezuela e garantir a consistência nas operações.”
A suspensão dos voos afeta a conectividade aérea da Venezuela, de onde já se retiraram várias companhias aéreas, uma vez que a Avianca tem uma participação de mercado de 59% na rota Bogotá-Caracas-Bogotá e de 77% na Lima-Caracas-Lima.
Segundo a empresa, os viajantes com voos programados para esta semana serão acomodados em “outras companhias aéreas, de acordo com a disponibilidade.”“Os viajantes com reserva que não forem reacomodados serão reembolsados em 100% do valor pago por suas passagens”, acrescenta o comunicado, que destaca que esta medida está “destinada a preservar a segurança.”