OEA envia missão à Nicarágua para fiscalizar atos de violência
Por seis meses, os especialistas deverão cumprir as atividades. Se necessário, período pode ser ampliado
atualizado
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A Organização dos Estados Americanos (OEA) designou um grupo de especialistas estrangeiros para verificar in loco (no próprio país) a situação de violência na Nicarágua. Há mais de dois meses, há confrontos diários entre manifestantes e forças policiais. A estimativa é que mais de 220 pessoas tenham sido assassinadas em várias cidades do país.
O grupo terá como tarefas analisar tecnicamente as linhas de investigação e fazer recomendações sobre responsabilidade jurídica em distintos níveis. A missão verificará ainda se as garantias de autonomia e independência das apurações são respeitadas.
Grupo
O Grupo Interdiscisplinar de Especialistas Independentes é formado por Amérigo Incalcaterra (Itália), Sofía Macher (Peru), Claudia Paz y Paz (Guatemala) e Pablo Parenti (Argentina). Eles foram escolhidos pelo secretário-geral da OEA, Luís Almagro. A missão já está em Manágua para iniciar os trabalhos.
Em comunicado, a OEA informou que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e a Secretaria-Geral da organização foram autorizadas pelo governo da Nicarágua a realizar os trabalhos. Segundo o comunicado, o acordo foi firmado em 30 de maio.
Desde 18 de abril, há protestos intensos nas ruas das principais cidades da Nicarágua. Até 6 de junho, os registros eram de 1.337 pessoas feridas e 507 privadas de liberdade. Os manifestantes se queixam de falta de liberdade, repressão, violência e reivindicam a saída do presidente Daniel Ortega.