Local do atentado em Londres atrai turistas interessados em selfies
Dezenas de pessoas se aproximaram do Parlamento para fazer registro fotográfico em uma manhã nublada, com termômetros que marcavam 10º C
atualizado
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A falta de acesso à Abadia de Westminster e ao Parlamento, dois dos lugares mais visitados de Londres, frustrou turistas nesta quinta-feira (23/3). Ainda assim, vários se aproximavam o máximo possível do local, onde houve nesta quarta um ataque terrorista que matou cinco pessoas e feriu mais de 40, para conseguir um registro fotográfico em uma manhã nublada, com termômetros que marcavam 10º C.
O estudante de engenharia de Chicago Rigo Megie está em Londres para uma temporada de seis meses para fazer faculdade e tinha a intenção de conhecer o Big Ben e o prédio do Parlamento, mas suas intenções foram frustradas. Ele aproveitou o fato de estar na região onde ocorreu o ataque para tirar uma selfie tendo como fundo a movimentação de jornalistas, policiais e bombeiros.
Por mais que Londres pareça normal, com o sistema de transportes funcionando normalmente, a chegada à região onde estão localizados o Parlamento e a Abadia de Westminster, o centro do poder da Inglaterra, revela que o cenário mudou. O acesso está completamente fechado. Carros e pedestres estão proibidos de se aproximar do local onde um agressor matou três pessoas antes de ser morto pela polícia e feriu 40.
Uma estação antes de Westminster, o alto-falante do metrô avisa que a entrada e a saída estão proibidas. Na frente da Abadia, jornalistas locais e de vários países procuram o melhor ângulo para registrar imagens da região. Vários repórteres estão espalhados pelo chão com blocos de anotação e notebooks.
O som das badaladas do relógio do Big Ben, que fica no prédio do Parlamento, é abafado pelo barulho de helicópteros da polícia e de canais de comunicação que não param de sobrevoar a região. O tráfego aéreo segue dentro da normalidade. É possível ver vários aviões voando baixo na região central em função da proximidade de vários aeroportos da cidade.
Algumas flores foram deixadas em homenagem às vítimas a cerca de 30 metros da Abadia, no limite permitido de aproximação. Um cartaz também foi colocado no local com os dizeres: “Não estamos com medo. Nossos corações estão com vocês.”
O jornal distribuído no metrô, assim como todas as publicações impressas do país, destacaram o atentado em suas capas. “Terror no coração do poder”, traz o folhetim gratuito a quem acessa o transporte público.
Reação
O Twitter tem sido usado como ferramenta para políticos e líderes de organizações prestarem suas condolências aos britânicos. O secretário de Estado do Reino Unido, Boris Johnson escreveu que está com o “coração partido”. Ele afirmou que este não foi o primeiro ataque a Londres ou ao Parlamento e não será o último. Além disso, ressaltou que os valores do país vão prevalecer.
Johnson disse na rede social que, apesar de o ataque ter ocorrido na Inglaterra, a luta contra o terrorismo é de todos os países. “Nações de todo o mundo estão enviando suas condolências para nós hoje. Esta é uma luta na qual estamos todos juntos”, afirmou.