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Jovens que escaparam da Casa do Terror revelam ajuda de Justin Bieber

Por conta dos videoclipes do cantor, Jordan Turpin descobriu um “mundo novo lá fora” e ganhou coragem para fugir

atualizado

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Jennifer e Jordan Turpin
1 de 1 Jennifer e Jordan Turpin - Foto: Reprodução

Quatro anos depois de fugirem do episódio que ficou marcado como a Casa do Terror, Jennifer e Jordan Turpin detalharam os abusos que elas, e os outros 11 irmãos, sofriam dos próprios pais. Em entrevista à jornalista Diane Sawyer, as jovens revelaram, pela primeira vez, a tortura ao qual eram submetidas pelos genitores e como Justin Bieber fez com que elas reunissem forças para a fuga.

Hoje com 21 anos, Jordan explicou que viu alguns videoclipes de Bieber em um celular que conseguiu, escondido de seus pais, David e Louise Turpin, que hoje estão presos. “Não sei onde estaríamos se não assistíssemos Justin Bieber. Comecei a perceber que existia um mundo diferente lá fora. Eu queria experimentar isso”, explicou ela, acrescentando que essa descoberta serviu de motivação para que ela tentasse escapar da situação desumana em que se encontrava.

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Três anos depois do primeiro contato com os videoclipes do cantor, quando tinha 17 anos, ela conseguiu fugir da casa dos pais ao pular a janela e pediu socorro à polícia. No dia 14 de janeiro de 2018, ela entrou em contato com os oficiais. Ela conta, na entrevista, que temia que os policiais não acreditassem em sua história.

“Eles nos acorrentam. Eles nos jogam de um lado para o outro – eles gostam de nos jogar do outro lado da sala. Eles puxam nossos cabelos. Minhas duas irmãzinhas agora estão acorrentadas”, explicou a jovem em pânico, fazendo referência a uma punição que duas de suas irmãs haviam sofrido por “roubar” comida de sua mãe. As informações foram passadas por uma gravação reproduzida no programa.

Por conta do intenso isolamento social, ela não sabia o que eram remédios ou pílulas. “Nós não íamos para a escola. Vivíamos na sujeira. Nós morríamos de fome. Eu tinha que ter certeza de que, se eu partisse, não voltaríamos porque, se voltássemos, não haveria nenhuma maneira de eu estar sentada aqui agora”, contou ela.

O apelo aos policiais deu certo e, duas horas depois, Jordan, e todos os seus irmãos, foram resgatados. Eles foram hospitalizados e receberam diversos diagnósticos, que iam de desnutrição grave a danos neurológicos por conta da violência que recebiam de seus pais. Somente um bebê não estava gravemente desnutrido.

Também na entrevista, Jennifer Turpin, a irmã mais velha, que hoje tem 33 anos, contou que ela e os outros irmãos eram abusados por coisas inofensivas, como pintar desenhos para fora das linhas de um livro ou, simplesmente, ser flagrado no quarto da mãe. “Se eu fosse fazer uma pergunta a ela, ela me chamaria de estúpida ou algo assim”, contou.

“Eu estava com medo de fazer alguma coisa errada. Se eu fizesse alguma coisa errada, seria espancada até sangrar” disse ela, que também contava que ele “dizia que eu era o diabo”, contou Jennifer, explicando que seu pai batia nos filhos com um cinto ou um bastão.

Ela contou que seus pais cresceram na Virgínia Ocidental e foram criados como membros devotos da igreja. Quando ela criança, entretanto, eles moravam em Fort Worth, Texas. Enquanto David era engenheiro, Louise era dona de casa. Qualquer violência praticada contra seus filhos, segundo Jennifer, era explicada pela Bíblia. Ela lembra, também, que sua mãe começou a sofrer alterações de humor e a casa ficou mofada, repleta de lixo e suja.

“Eles adoravam apontar coisas em Deuteronômio, dizendo que,‘ Temos o direito de fazer isso com você. Eles falavam que tinham o direito até de nos matar se não escutássemos. Havia muita fome. Eu comia ketchup ou mostarda ou gelo”, comentou ela, lembrando de quando foi colocada em um trailer com seus irmãos em 2007, recebendo alimentos apenas uma vez por semana.

David e Louise Turpin foram presos em 2018 e assumiram a culpa das 14 acusações sofridas. Entre elas, tortura e cárcere privado. A condenação deles pode ir de 25 anos a prisão perpétua. Veja o vídeo com o forte relato das sobreviventes:

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